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Zona Económica Especial na mira dos investidores

A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo tem captado a atenção dos investidores, que têm demonstrado interesse em investir e em transformar a ZEE numa zona produtiva.

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É o caso da empresa Food Tec – Indústria de Produção de Massa Alimentar, que já investiu mais de 61 milhões de dólares para construir uma fábrica de massa alimentar na ZEE.

Em declarações ao Jornal de Angola, Luís Silva, director-geral da empresa, revelou que do dinheiro investido, 19 milhões de dólares vão ser usados para montar a primeira linha de produção alimentar e as infra-estruturas das unidade fabril.

Quanto ao restante dinheiro, o responsável revelou que este será usado na construção de outra linha de produção de massa curta.

Luís Silva fez ainda saber que esta nova unidade fabril terá a capacidade de produzir 140 toneladas de massa por dia.

Contudo, os planos de investimento em Angola não se ficam por aqui: a empresa planeia avançar com a construção de uma zona de moagem de farinha de trigo na fábrica, a partir do início do próximo ano. Um investimento que custará 26 milhões de dólares.

O director-geral da empresa frisou que esta fábrica vai permitir à Food Tec – Indústria de Produção de Massa Alimentar produzir, além da farinha, um produto chamado "simulina" que é usado para fabricar massa. Esta produção, de acordo com o responsável, vai permitir à fábrica ter acesso à matéria-prima sem ter de a comprar a terceiros.

O que sobrar do produto será vendido à concorrência: "Seremos os primeiros a produzir a simulina no mercado e é um grande passo a dar, para que a produção de massa no mercado atinja níveis desejados".

A empresa prevê que o projecto fique concluído em 2022, estimando que a fábrica empregue 300 pessoas.

Também na ZEE se encontra em funcionamento a fábrica Vami Leite, que produz leite condensado e pasteurizado. A fábrica prevê até ao final deste ano atingir a máxima capacidade de produção, o que, de acordo com uma fonte da fábrica em declarações ao Jornal de Angola, permitirá ao país diminuir a importação de leite e promover a criação de emprego, estimando o surgimento de cerca de 100 novos postos de trabalho.

Angola também se poderá tornar auto-suficiente em matéria de produção de baterias para carros. Desde Novembro de 2019, que a ZEE acolheu a fábrica Leões – dedicada à produção de baterias de carros.

O seu administrador, Leão Zhao, avançou ao mesmo jornal que na fábrica devem ser investidos mais de 100 milhões de dólares, com objectivo de aumentar a produção.

A unidade fabril prevê atingir a capacidade máxima de produção no final deste ano e gerar mais de 200 postos de trabalho. Actualmente emprega 90 pessoas.

"Angola pode, dentro de pouco tempo, evitar a importação de baterias, já que há uma produção muito aceitável, que suporta todas as necessidades internas", disse o administrador.

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