De acordo com Marc Mayer, director-geral da cervejeira, a suspensão da actividade entra em vigor já no próximo mês. O responsável fez ainda saber que esta decisão poderá colocar 147 pessoas no desemprego.
Em declarações à Angop, o director-geral da EKA revelou ainda que a decisão de suspender a actividade prende-se com o facto de a empresa estar a passar por "enormes" problemas financeiros. A esses problemas acrescem ainda as dificuldades em adquirir matéria-prima e peças para fazer a manutenção das máquinas.
Marc Mayer explicou que cerca de 70 por cento das receitas da EKA são usadas para comprar peças sobressalentes e matéria-prima. Os restantes 30 por cento das receitas, que chegam à empresa através das vendas, têm sido usados para pagar impostos e salários, deixando a cervejeira sem lucro ao final do mês, completou, justificando assim a decisão de parar a produção.
A empresa é composta por 197 trabalhadores, no entanto, esta paralisação vai obrigar a EKA a mandar embora 147 pessoas que se encontram vinculadas à empresa através de um contrato por tempo limitado. As restantes 50, que têm contratos por tempo indeterminado, ficarão a assegurar a manutenção dos serviços mínimos da empresa.
Depois de fechada, a EKA passará a ser um armazém comercial dos produtos do grupo Castel, revelou.
Em 2018, a EKA já tinha sofrido uma redução significativa na sua produção: houve uma quebra de 40 por cento, depois de ter sido desactivada a sua primeira linha de enchimento.
Por causa disso, a capacidade de produção passou de 55 mil litros de cerveja por hora para 27 mil.
No entanto, os custos para operar continuaram a aumentar, colocando a empresa em grandes problemas financeiros.