O responsável afastou a possibilidade de a pandemia ter afectado negativamente o sector e explicou que isso poderá estar relacionado com o facto de os campos de produção de sal serem afastados dos centros urbanos.
Em declarações à Angop, Tottas Garrido apontou que o que está a causar mais constrangimentos nesta altura é o facto de existirem restrições à mobilidade, fazendo com que o escoamento do produto para outras zonas do país seja mais difícil.
O presidente da Aprosal explicou que o sector tem reagido e adaptado-se bastante bem a esta nova realidade e, por isso, acredita que a meta imposta para 2020 – produzir 120 mil toneladas de sal – seja possível de alcançar. E deu o exemplo: os produtores de Benguela decidiram colocar os trabalhadores que moravam nos centros urbanos a morar em residências localizadas nas zonas de produção para que o sector continue a funcionar.
"Tem sido uma experiência nova, mas muito boa, pois, os níveis de produção continuam inalterados", sublinhou, afirmando que esta solução poderá rentabilizar os custos. "Do ponto de vista económico fica menos dispendioso, porque os funcionários provenientes dos centros urbanos são mais exigentes e envolvem outros gastos, como viaturas e combustíveis, além de outras regalias de desempenho", disse.
Tottas Garrido revelou quem no ano passado foram produzidas 109 mil toneladas de sal, no entanto, ficando aquém das necessidades globais – que se fixam nas 160 mil toneladas por ano. Contudo, afirmou que "o país tem sal suficiente para o consumo" e que para já "a grande dificuldade prende-se com o momento especial que o país atravessa, com todas as suas limitações".
No mercado nacional um quilo de sal está a ser vendido a 80 kwanzas, completou.