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Defesa

Quarenta e cinco dias de estado de emergência com doze mil detidos e quase menos três mil crimes

Quarenta e cinco dias depois de decretar o primeiro estado de emergência devido à pandemia de covid-19, o país registou quase menos três mil crimes do que no mesmo período do ano anterior e mais de 12 mil detenções.

: Lusa
Lusa  

Os números foram divulgados esta Segunda-feira pelo porta-voz da polícia, subcomissário Valdemar José, no ponto de situação sobre a actuação das forças de defesa e segurança, no primeiro dia da terceira prorrogação do estado de emergência, declarado desde 27 de Março.

No balanço das fases compreendidas entre os dias 27 de Março e 10 de Maio, registaram-se 2943 crimes, dos quais foram resolvidos 1740, ou seja, 59 por cento dos crimes consumados, "alguns com significativa redução", indicou.

No que diz respeito aos homicídios voluntários, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, registaram-se menos 82 crimes, além de menos 61 violações sexuais, menos 855 roubos e 1435 furtos, bem como menos 329 ofensas corporais.

Neste período, e em situações relacionadas com a violação das regras do estado de emergência, foram detidos 12.028 cidadãos, dos quais 3121 pelo exercício de actividade de moto-táxi, 2539 por excesso de lotação nos táxis colectivos, 2004 por desobediência ou desacato, 68 por celebração de cultos, 37 por violação da cerca sanitária, 60 por especulação de preços, 17 por corrupção, 11 por posse ilegal de arma de fogo, cinco por ofensas corporais e três por tentativas de atropelamento dos agentes de segurança.

Foram ainda detidos 4161 cidadãos por violação da fronteira e julgados sumariamente 1375 e decretada a recolha compulsiva de 16.265 cidadãos "por estarem ilicitamente na via pública", para além de 9563 estabelecimentos e mercados informais que foram encerrados.

O país regista até ao momento 45 casos de infecção pelo novo coronavirus, com duas mortes.

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