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Turismo

Comissária da UA afirma que Angola precisa de infra-estruturas para entrar no top dos destinos turísticos

A comissária da União Africana (UA) Josefa Sacko defendeu que para Angola chegar, a médio prazo, ao 'Top 10' dos destinos turísticos de África terá de apostar numa infraestruturação transversal em estradas, hotéis e transportes aéreos e terrestres.

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Em declarações à Lusa, em Luanda, Josefa Sacko, de nacionalidade angolana e comissária da UA para a Agricultura, Economia Rural e Ambiente, afirmou que o setor do Turismo em Angola tem "muita potencialidade".

"O Turismo depende muito das infra-estruturas e acho que o executivo está a fazer um esforço para as melhorar. Com boas infraestruturas podemos dizer que podemos muito bem competir e estar entre os dez melhores destinos turísticos em África" a nível regional, continental e mundial", sublinhou a comissária.

A diplomata falava à margem do primeiro dia do Fórum Mundial do Turismo, que arrancou e que se prolonga até Sábado no Centro de Convenções, em Talatona, a sul de Luanda, tendo salientado que o setor do Turismo vai contribuir para a diversificação da economia nacional, indo ao encontro do preconizado pelo executivo liderado por João Lourenço.

"O desemprego hoje é uma preocupação do Governo e com o setor turístico podemos criar postos de trabalho para podermos reduzir a pobreza no país. Temos pontos [turísticos] bastante importantes, temos rios, temos mares, temos museus que podem integrar-se no roteiro turístico. Também temos segurança. Angola é um país de paz e seguro para poder alavancar o setor", acrescentou Josefa Sacko.

A comissária africana sublinhou que, a curto prazo, é "difícil" Angola concretizar o desenvolvimento de um setor que implica o envolvimento de muitas outras áreas, defendendo que, a médio e longo prazos é possível atingir o objetivo de colocar o país no 'Top 10' dos destinos turísticos africanos.

Frisando a importância de se desenvolver também o turismo local e nacional, praticamente residual - "para que as famílias [angolanas] possam, nas férias, conhecer as maravilhas que o país tem" - Josefa Sacko admitiu, por outro lado, que esse é um caminho "ainda mais difícil", face ao custo elevado dos transportes, às acessibilidades deficientes e à falta de unidades hoteleiras de qualidade no interior do país.

Questionada pela Lusa sobre se os poucos pacotes turísticos em Angola podem ser considerados como um "artigo de luxo" em Angola, dado os elevados custos, a comissária africana admitiu que sim, mas lembrou estar em curso, na UA, a elaboração de uma estratégia para combater essa tendência.

"Em Angola vai depender das políticas públicas que o Governo fizer. Mas a nível da UA, estamos a elaborar a estratégia continental do turismo. Os pacotes turísticos vão fazer parte dessa estratégia para que possamos alavancar o setor a nível continental. A previsão é a de que a possamos apresentar aos chefes de Estado [da comunidade africana] em janeiro de 2020", salientou.

O tema, prosseguiu, está a ser alvo de análise no Departamento de Turismo e Infraestruturas da UA, organização que, em Abril passado, reuniu os vários ministros do sector no Cairo.

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