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Política

Governo admite que mitigação da taxa de desemprego não se fará no curto prazo

O ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, assumiu que a situação económica do país "é de crise" e que a mitigação da elevada taxa de desemprego não se fará no “curto prazo".

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"Na verdade, a situação económica do país é de crise, não tendo o Governo receio de o afirmar, pois é no reconhecimento dos problemas que se podem encontrar as melhores soluções", disse, em Luanda, Pedro Luís da Fonseca, na abertura do Fórum Apoio à Reconversão da Economia Angolana.

Segundo o governante, a situação macroeconómica do país é uma condicionante forte para a tomada de medidas, pois pode abalar os esforços de reequilíbrio de factores financeiros e monetários, entre outros.

A situação de crise, já assumida pelas autoridades, também concorre para a falta de emprego, o que resulta em "várias inquietações”, sobretudo para os jovens que anseiam pelo primeiro emprego para o seu sustento, adiantou o ministro da Economia.

Na intervenção, Pedro Luís da Fonseca recordou que Angola "apresenta uma elevada taxa de desemprego", como demonstram os dados recentemente apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística, admitindo que "a sua mitigação não é de curto prazo".

"Sendo este um item em que este fórum pode propor medidas, precisamente de atenuação da sua incidência económica, mas também social, deve ser lembrado que as agendas de medidas e políticas devem atender ao tipo de desemprego dominante na nossa economia", defendeu.

Propor ao executivo acções concretas para a melhoria do quadro macroeconómico do país e tomada de medidas efectivas para a diversificação da economia foram os principais objectivos do fórum, organizado pela Associação Industrial de Angola.

Para o ministro, o processo de reconversão "não acontece do dia para a noite", defendendo que o mesmo "tem de ter uma estratégia e filosofia e, eventualmente, partir do princípio de que os modelos e política económica em execução não são os mais convenientes, nem os mais ajustados à transformação da realidade".

O emprego e desemprego, as suas implicações no sistema económico nacional, geração de consumo, reestruturação do ambiente de negócios e factores críticos para o bem-estar da população foram alguns dos temas discutidos no fórum que juntou oradores angolanos e estrangeiros.

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