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Defesa

Angola e Portugal querem cooperar em novas áreas como em missões internacionais

O ministro da Defesa português disse, em Luanda, que pretende identificar novas áreas de cooperação com Angola, com destaque para o reforço da participação das Forças Armadas de ambos os países em missões internacionais.

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João Cravinho, que realiza uma visita de três dias a Luanda, no âmbito da 19.ª reunião de ministros da Defesa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), esteve reunido com o homólogo, Salviano Sequeira, no quadro da 18.ª reunião da Comissão Bilateral Luso-angolana no domínio da Defesa.

O governante português classificou a cooperação entre os dois órgãos ministeriais como "muito boa, rica, multifacetada, profícua, bem alicerçada em longos anos de experiência e que oferece perspetivas de um relacionamento intenso e duradouro para o futuro".

"É sempre possível fazer mais e melhor e é essa a ambição que nos move, aquilo que mais gostaria era de ter a ocasião para, em parceria com as contrapartes angolanas, identificar os melhores mecanismos para fazermos mais e melhor no âmbito da cooperação bilateral no domínio da defesa", referiu.

Em declarações à imprensa no final do encontro, João Cravinho disse que na reunião foram abordados vários pontos relacionados com a cooperação bilateral que já está em curso, bem como como sobre novos desafios com que os dois países se confrontam atualmente, nomeadamente o reforço das suas indústrias da defesa, o reforço das sua participação nos sistemas internacionais.

"Nestas áreas, Portugal e Angola podem trabalhar em comum e queremos dar continuidade ao bom trabalho que já existe, incluindo a formação que é uma área que já temos uma longa tradição", frisou.

Mais concretamente sobre o plano internacional, João Cravinho salientou que os dois países poderão trabalhar juntos naquilo que entenderem, tendo em conta que estão ambos comprometidos com a ordem internacional.

"Queremos que as Nações Unidas desempenhem o papel necessário para a promoção da ordem internacional e estamos comprometidos em dar o nosso contributo", disse, lembrando que Angola está atualmente no contexto das Nações Unidas e da Comunidade de Desenvolvimento de Países de da África Austral (SADC) a fazer um trabalho muito importante no Lesoto e Portugal está também na República Centro Africana e em outras partes do mundo.

"Creio que aquilo que podemos fazer juntos é, por um lado, comparar experiências, seja no âmbito da estrutura militar, no aprontamento das nossas forças, por exemplo, seja no âmbito político diplomático, em que podemos comparar as nossas experiências de participação em missões internacionais", disse.

Por sua vez, o ministro angolano da Defesa, Salviano Sequeira disse que há um ano já foi realizado um encontro com o ministro da Defesa português no qual foram estabelecidas várias áreas para a cooperação bilateral.

"Na realidade, estamos neste momento a modernizar as nossas Forças Armadas e precisamos de tratar de alguns assuntos relacionados com as novas tecnologias de informação e de comunicações e talvez podermos cooperar nessa área, assim como também em outras áreas ligadas à inventariação e catalogação dos materiais das forças armadas", declarou.

De acordo com o ministro, estas são áreas para possível cooperação futura, bem como no plano das missões internacionais, em que a intenção é cooperar a nível das Nações Unidas ou a nível bilateral, em missões de apoio à paz.

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