O acordo foi assinado durante uma conferência sobre a Biodiversidade de Angola, que decorre em Luanda, promovida pela Fundação Kissama, ocasião em que foi também lançado um livro que compila informações sobre a biodiversidade angolana dos últimos dois séculos.
Segundo o director do CIBIO, Nuno Ferrand de Almeida, o protocolo assinado com o INBAC, órgão do Ministério do Ambiente visa sobretudo a "capacitação dos novos laboratórios que estão a ser construídos em Luanda".
"[O INBAC] beneficiará da experiência da colaboração que já temos há muitos anos. O CIBIO vai poder, em colaboração com os colegas angolanos, orientar como montar um laboratório dedicado à biologia das plantas e um laboratório dedicado à biologia dos animais", afirmou.
"Temos também questões específicas que nos são colocadas pelos nossos colegas angolanos, nomeadamente em relação ao Parque da Quissama e o desenvolvimento do herbário ali instalado, bem como aspetos gerais que queremos desenvolver com trabalhos em conjunto nos próximos anos", adiantou.
Em relação ao livro "Biodiversidade de Angola - Ciência e Conservação: Um Síntese Moderna", lançado hoje em Luanda, onde é também um dos editores, Nuno Ferrand de Almeida sublinhou que a versão inglesa do documento "está já a atrair a atenção de vários investigadores mundiais".
"O livro tenta fazer um sumário, que vai desde as principais paisagens e ecossistemas de Angola até aos principais grupos taxonómicos, desde as plantas aos animais, aos invertebrados e até os vertebrados, abordando de forma relevante algumas espécies como a Palanca Negra e a sua conservação", afirmou.
O livro, com 20 capítulos e mais de 700 páginas, conta com o prefácio do Presidente, João Lourenço, que enaltece a "biodiversidade ímpar" de Angola.