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Obras inéditas de Cristiano Mangovo defendem direitos humanos em Portugal

Um conjunto de 12 obras inéditas do artista Cristiano Mangovo, dedicadas à defesa dos direitos humanos, vai estar reunido na exposição “Minas e Ruínas”, que é inaugurada a 7 de Maio, em Lisboa.

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A mostra é inaugurada nesse dia, às 17h00, no Centro de Documentação do edifício central da Câmara Municipal de Lisboa, no Campo Grande, no âmbito da programação cultural do mês de África.

Com curadoria de Graça Rodrigues, “Minas e Ruínas” apresenta obras de pintura, produzidas em torno de uma reflexão sobre os direitos humanos, cuja defesa tem sido, ao longo dos anos, temática central na obra deste autor.

De acordo com a curadoria, através desta exposição, Cristiano Mangovo propõe uma reflexão sobre as práticas artísticas actuais e as suas implicações na sociedade.

Até 20 de Maio, as 12 telas vão ser "janelas" para a complexa realidade da precariedade laboral na indústria de mineração de diamantes, ouro e cobalto em África, que se replica em diferentes pontos do continente.

Através da produção deste “núcleo de telas de plasticidade disruptiva e cores vibrantes, Cristiano Mangovo fabrica outras tantas narrativas que encorajam a aberta problematização de uma realidade pautada por imagens de violência, desigualdade e injustiça social", segundo a curadora.

A sua motivação "pende para a crítica dos modelos organizacionais vigentes nas sociedades contemporâneas e traduz-se, entre pares, num corpo de trabalho que se aproxima à esfera do artivismo, onde as visões de protesto emergem e proliferam através da expressão criativa, que coloca sob escrutínio não só a agenda política internacional mas, sobretudo, a consciência colectiva da sociedade de consumo ocidental", segundo um texto sobre a exposição.

A condição de refugiado, que marcou a infância de Cristiano Mangovo, "concedeu-lhe um ponto de vista muito singular sobre a fragilidade da condição humana", acrescenta.

Cristiano Mangovo nasceu na cidade de Cabinda, em Angola, em 1982, e vive actualmente entre Lisboa e Luanda.

É formado em pintura pela Faculdade de Belas Artes de Kinshasa (RDC) e tem formação adicional em cenografia urbana e performance.

Em 2014, foi galardoado com o Prémio Mirella Antognoli pela Embaixada Italiana e pela Alliance Française, e com o prémio ENSA Arte, que o levou à residência na Cité Internationale des Arts, em Paris, resultando numa exposição individual na capital francesa.

Desde então, expõe internacionalmente em países como Portugal, França, Itália, África do Sul, Zimbabwe, República Democrática do Congo, Bélgica, Holanda e Estados Unidos, entre outros países.

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