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João Lourenço no sul do país para verificar no terreno situação da seca

O chefe de Estado, João Lourenço, parte esta Sexta-feira para uma visita de dois dias ao sul do país, zona afectada por uma grave seca, indica uma nota da Casa Civil da Presidência da República.

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Segundo o documento, João Lourenço vai deslocar-se primeiro à província do Namibe, onde visita o recentemente reabilitado hospital provincial Ngola Kimbanda e várias infra-estruturas ligadas ao sector das águas, seguindo, depois, ao princípio da tarde, para a vizinha Cunene, onde a seca é mais visível.

Nesta província, e ainda wexta-feira, João Lourenço vai observar os projectos de fundo em curso para mitigar a seca no Cunene, como barragens, canais de irrigação e condutas.

Sábado, dia em que regressa a Luanda a meio da tarde, o chefe de Estado desloca-se ao município de Ombadja, para constatar, no terreno, os problemas provocados pela escassez de água e persistente seca na região.

A 26 de Fevereiro último, o vice-governador da província do Cunene, Édio Gentil José, decretou o "estado de calamidade" devido à seca, que continua a afectar mais de 285.000 famílias, pedindo a Luanda mais apoios e a definição de estratégias para mitigar o fenómeno.

"Estamos a falar de um total de 285.000 famílias afectadas em toda a província. Continuamos a somar porque, enquanto não chove, os números têm tendência para aumentar. A província atravessa um dos piores momentos de seca", disse então.

Mais recentemente, a 2 de Abril, João Lourenço aprovou um pacote financeiro de 200 milhões de dólares para solucionar os "problemas estruturantes" ligados aos "efeitos destrutivos" da seca que atinge o Cunene, ordenando, ao mesmo tempo, as autoridades locais para que "desencadeiem, de imediato, os procedimentos de contratação, por concurso público", dos serviços para a edificação de um conjunto de obras com aquele fim. 

Em concreto, João Lourenço ordenou a construção de um sistema de transferência de água do rio Cunene, que partirá da localidade de Cafu até Shana, nas áreas de Cuamato e Namacunde, destinando para a obra o valor em kwanzas equivalente a oitenta milhões de dólares", lê-se no documento.

Um segundo projecto prevê a construção de uma barragem na localidade de Calucuve e o seu canal adutor associado, num custo global de 60 milhões de dólares, no seu correspondente em moeda nacional.

Segundo o comunicado, o Presidente destinou também 60 milhões de dólares para a construção de uma outra barragem e o respetivo canal adutor, na localidade de Ndue.

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