Segundo o documento, oficializado em Maio e ao qual a Lusa teve acesso esta Sexta-feira, esta estratégia prevê o estudo da viabilidade da construção e lançamento de satélites de teledetecção remota, para observação da terra e meteorologia, por parte do Governo, entre 2019 e 2025.
Em complemento, esse processo, uma das estratégias constantes do programa espacial angolano, implicaria ainda a construção de estações terrestres para recepção directa de imagens de satélite.
Outras estratégias a implementar até 2025 prevêem a implementação de um sistema de informação geográfica, um programa de observação da terra através de imagens de satélite, um sistema nacional de comunicações por satélite e o lançamento do AngoSat-1.
"A estratégia especial permitirá à República de Angola construir um edifício ambicioso e sustentável como instrumento do seu progresso socioeconómico e de afirmação internacional, cumprindo deste modo, de forma eficaz e inovadora, os propósitos estratégicos gerais e sectoriais do país", lê-se no documento.
O AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, Internet e governo electrónico, devendo permanecer em órbita "na melhor das hipóteses" durante 18 anos.
"Não só vai prestar serviços à população, como a toda a região, vai também provocar uma revolução no mundo académico angolano, com a transferência de conhecimento", explicou em Maio o ministro José Carvalho da Rocha.
Na mesma ocasião, o governante afirmou que a crise no país não vai condicionar o lançamento do primeiro satélite angolano.
"O satélite vai cobrir todo o continente africano e uma parte da Europa. Nós vamos ter capacidade para servir as nossas necessidades e prestar serviços a outros países da região de cobertura do AngoSat. Temos que procurar aqueles projectos que possam trazer divisas para o nosso país", explicou o ministro.
Este projecto espacial envolve os governos de Angola e da Rússia e o centro de controlo em construção em Luanda será operado por 45 técnicos especializados.
O AngoSat-1 é um dos sete projectos previstos ao abrigo do Programa Espacial Angolano e que envolve a formação de quadros, a transferência de conhecimentos nesta área e o lançamento da Agência Espacial Angolana.