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Operadora brasileira Oi reconsidera venda de activos da Unitel

A operadora brasileira Oi está a reconsiderar a venda dos seus activos na Unitel, a maior empresa de telecomunicações do país, cuja principal accionista é Isabel dos Santos.

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O director presidente da Oi, Bayard Gontijo, afirmou na segunda-feira, em Nova Yorque, que actualmente a operadora brasileira está a trabalhar em dois cenários: a venda dos seus activos na Unitel ou um acordo que possa ser respeitado pelos outros accionistas da empresa angolana, informou a assessoria de imprensa da operadora brasileira.

A Oi adquiriu a sua participação na Unitel em Maio de 2014, durante o processo de fusão com a portuguesa Portugal Telecom (PT). A venda da sua posição na participada angolana foi apontada, no ano passado, como forma da operadora brasileira recuperar parte das suas perdas financeiras.

A declaração de Gontijo, que está a participar em 'roadshows' (de apresentação da empresa) com investidores nos Estados Unidos, é vista como uma demonstração de que existe um diálogo entre a Oi e a Unitel.

Face ao processo de fusão com a PT, a Oi tinha confirmado, no final de Agosto do ano passado, que estava em conversações para vender a participação na Unitel a outros accionistas, por dois mil milhões de dólares.

No primeiro trimestre deste ano, a Oi registou prejuízos de 447 milhões de reais (cerca de 146 milhões de dólares, à taxa de câmbio actual) valor que compara com lucros de 228 milhões de reais (cerca de 75 milhões de dólares) em igual período de 2014.

A empresa assinalou que os resultados do primeiro trimestre são "significativamente melhores" em várias áreas e com "melhores tendências em praticamente todas as linhas" de negócio, realçando a tendência positiva nas receitas brasileiras e no segmento residencial.

Os resultados do primeiro trimestre do ano da operadora incluem a descontinuação das operações da PT Portugal desde que o activo foi colocado à venda.

A PT Portugal, que tem os serviços Meo e Sapo, entre outros, foi vendida à multinacional francesa Altice por 7.400 milhões de euros (cerca de oito milhões de dólares).

A 20 de Abril último, a Comissão Europeia autorizou a proposta de compra da Altice, na condição desta desinvestir nos seus actuais negócios em Portugal, ou seja, na Oni e na Cabovisão.

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