Os números, compilados hoje pela Lusa, resultam da análise ao memorando do Ministério das Finanças sobre o ajustamento no preço dos derivados do petróleo, depois do aumento dos combustíveis em Angola a 30 de Abril, o terceiro desde Setembro, correspondente a novo corte nestes subsídios públicos.
De acordo com o documento, estes subsídios, que permitiam manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos desde 2010, custaram ao Estado angolano 710,2 mil milhões de kwanzas em 2013, equivalente a 5,9 por cento do PIB de Angola nesse ano.
Já em 2014, incorporando os dois aumentos implementados nos preços dos combustíveis, em Setembro e Dezembro, os gastos com essas subvenções desceram para 478,1 mil milhões de kwanzas.
Em 2015, e incluindo os aumentos de 30 de Abril, o Ministério das Finanças estima que "o dispêndio das subvenções venha a posicionar-se em não mais 2,2 mil milhões de dólares", afirmando resultar "numa economia de 56 por cento quando comparado com o exercício anterior" e considerando "alterações mínimas" no consumo destes derivados e "mantendo o perfil estrutural das importações".
O memorando refere que entre Outubro de 2014 e Março de 2015 (incorporando o efeito dos dois aumentos nos combustíveis), foi possível "gerar poupanças" ao Estado de 1.199 milhões de dólares.