Os números foram apresentados pelo presidente do conselho de administração do BIC Angola, Fernando Teles, que sublinhou que o crescimento dos resultados líquidos refere-se à moeda nacional, tendo em conta que em dólares norte-americanos, face à forte desvalorização do kwanza angolano, o resultado é semelhante ao de 2013.
O responsável acrescentou que o BIC Angola é hoje um "banco bastante capitalizado", tendo atingido em 2014 fundos próprios de 91.055 milhões de kwanzas, um crescimento de cerca de 5 por cento, de acordo com as contas hoje apresentadas, já aprovadas em assembleia-geral.
O crédito do BIC à economia cresceu 22 por cento, para 709.600 milhões de kwanzas - pouco mais de metade ao Estado angolano -, mas o administrador garante que o banco tem provisões equivalentes a 11 por cento do total de crédito concedido. "O pior que pode acontecer é que o cliente pense que não é para pagar e que não há pressão. E infelizmente em Angola houve aí algumas operações com alguns bancos em que as pessoas pensaram que eram donativos. Aquilo que é crédito, com o BIC, é para pagar", apontou Fernando Teles, numa alusão aos problemas de crédito malparado noutros bancos angolanos. Embora sem concretizar valores, garantiu que o crédito vencido no BIC Angola "está mais do que provisionado".
O volume de negócios do BIC em Angola, considerado o maior banco privado do país, com um milhão de clientes (crescimento de 26 por cento em 2014) e quase de 2200 trabalhadores, aumentou no ano passado 16,1 por cento, fixando-se em 1.394 mil milhões de kwanzas.
"O objectivo é sempre ser o melhor possível, com a melhor rentabilidade possível", apontou Fernando Teles, a propósito do 10.º aniversário da instituição, que se assinala em 2015. "Os nossos 10 anos de existência têm para nós um significado muito especial. São 10 anos de crescimento e resultados extraordinários que nos transportam para um lugar cimeiro no sector bancário", reforçou o presidente do conselho de administração do BIC Angola.