A informação consta de um despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, autorizando o contrato para a fiscalização e assistência técnica desta empreitada às empresas DAR Angola Consultoria e Intel - Instalações Eléctricas, sendo este um empreendimento considerado pelo executivo como fundamental para reduzir o défice energético do país até 2017.
A central, em construção e que vai aproveitar a produção de gás natural, permitirá garantir electricidade à capital, Luanda, e ao Norte de Angola, e só a fiscalização da construção custará 24 milhões de dólares, de acordo com o mesmo documento, de 11 de Maio, ao qual a Lusa teve hoje acesso. "É dos projectos mais importantes que estamos a desenvolver neste momento, que vai produzir cerca de 750 MegaWatts", explicou em Janeiro último o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
De acordo com o governante, a construção da central está pronta a arrancar e está já em curso a edificação da linha de transporte de electricidade, para garantir a sua distribuição.
A Lusa noticiou a 08 de Janeiro que o Governo angolano vai utilizar valores da reserva financeira petrolífera para investimentos em infra-estruturas no pagamento da primeira prestação da construção desta central, de ciclo combinado, a gás e vapor.
A decisão, suportada por despacho presidencial de 05 de Janeiro, visa permitir o arranque da construção da central, a cargo da empresa China Machinery Engineering Corporation (CMEC), conforme escreve o documento a que Lusa teve acesso.
De acordo com o mesmo despacho, esta central, que integra o Programa de Investimento Púbico, "é de grande importância para o desenvolvimento económico e social do país". Assim, é aprovada a desmobilização de 147,7 milhões de dólares da Reserva Financeira Estratégica Petrolífera para Infra-estruturas de Base, precisamente para pagamento da primeira prestação do contrato.
A central de ciclo combinado do Soyo vai custar 985,2 milhões de dólares sendo justificada pelo executivo com as "projecções de crescimento da procura de energia eléctrica no país" no médio e longo prazo.
O contrato em causa foi celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a empresa chinesa CMEC em 2014.
O crescimento nacional leva à "necessidade de expansão acentuada da capacidade de produção" de electricidade no país, lê-se no despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 11 de Agosto último, autorizando este contrato.
Daí a "importância fundamental" da construção desta central, que vai produzir electricidade através de gás natural angolano e que proporcionará "vários benefícios e uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico e social do país", acrescenta o despacho.