A malária, cujo dia mundial de se celebrou esta Terça-feira, é a principal causa de morte no país lusófono e uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo, sendo 95 por cento dos casos e 96 por cento dos óbitos notificados na região africana.
Seis países – Nigéria (27 por cento), República Democrática do Congo (12 por cento), Uganda (5 por cento), Moçambique (4 por cento), Angola (3,4 por cento) e Burkina Faso (3,4 por cento) – representaram cerca de 55 por cento de todos os casos a nível mundial.
Em Angola foram diagnosticados 9.211.346 casos (mais 41.886 em 2021), dos quais 38 por cento dos casos em pessoas com mais de 15 anos de idade.
Segundo o Minsa, o aumento nas notificações deveu-se à redução do acesso ao diagnóstico e ao tratamento da malária, devido ao confinamento observado durante a pandemia da covid-19.
Pelo contrário, em relação aos óbitos, foram registados 12.480, menos 1196, representando uma redução na ordem dos 10 por cento comparativamente ao ano anterior.
Num comunicado a propósito do Dia da Malária, o Minsa reiterou o compromisso em continuar a mobilizar mais recursos e promover iniciativas para combater e eliminar a doença, "garantindo que os serviços de luta contra a Malária estejam cada vez mais integrados nos cuidados de saúde primários" e reforçando a participação das comunidades.
"Pretendemos também continuar a mobilizar e a garantir que os parceiros, o setor privado, as organizações da sociedade civil e o mundo académico dediquem mais atenção ao reforço urgente do investimento na luta contra a malária e na investigação sobre esta doença, para acelerar os avanços tecnológicos e a adoção de inovações que permitirão pôr fim à Malária até 2030", refere a nota de imprensa.