Segundo o relatório, a que o VerAngola teve acesso, o banco central – que refere que 2022 "foi um ano de consolidação do regime cambial flexível" sobre o seu monitoramento –, no período em referência, "disponibilizou divisas ao mercado num montante total de 1,17 mil milhões de dólares, superior em 71,51 por cento ao disponibilizado em 2021", que se situou em 679,73 milhões de dólares.
A intervenção do BNA no mercado cambial, adianta o documento, teve como intuito "minimizar a volatilidade da taxa de câmbio advinda primeiramente do excesso de oferta e, posteriormente, da redução drástica da oferta em moeda estrangeira".
Em contrapartida, os bancos comerciais, além das compras realizadas ao banco central, "compraram ao mercado um total de 11,06 mil milhões de dólares" – traduzindo-se em 50,20 por cento superior às compras de 2021 –, cujos 5,29 mil milhões foram "colocados pelo Tesouro Nacional, 4,65 mil milhões pelo sector petrolífero e 1,13 mil milhões pelo sector diamantífero", refere ainda o comunicado.
Feitas as contas, no ano passado, os bancos compraram ao mercado um total de 12,22 mil milhões de dólares. "Assim, em 2022, as compras dos bancos comerciais (ao BNA e outras compras) totalizaram 12,22 mil milhões de dólares", lê-se no relatório.
O BNA informa igualmente que a moeda nacional sofreu uma apreciação na ordem dos 10 por cento. "Com este nível de oferta, a taxa de câmbio do kwanza face ao dólar no mercado formal fechou o ano de 2022 com uma cotação de USD/AOA 503,691 contra os USD/AOA 554,981 verificado em Dezembro de 2021, o que representou uma apreciação de 10,18 por cento do kwanza face ao dólar", indica o documento.
Já nas casas de câmbio, revela o relatório, a moeda nacional "teve o mesmo movimento", ao apreciar-se no final de 2022 "em relação ao período homólogo em 17,21 por cento, passando de USD/AOA 616,019 em Dezembro de 2021 para USD/AOA 525,573 em Dezembro de 2022".
