Em comunicado, a Endiama adianta que o laboratório – propriedade da Endiama e implementado em parceria com o Instituto Geológico de Angola – tem como finalidade o "preparo, análise e caracterização de amostras de material kimberlítico e aluvionar de apoio à prospecção e pesquisa de diamantes".
Segundo a nota, o projecto é composto por dois edifícios, tendo sido "concebido e implementado por quadros angolanos".
Erguido num espaço de mais de 1200 metros quadrados, o projecto integra diversas áreas, nomeadamente petrografia, pesagem, micrologia, preparação física de amostras, entre outros.
Ao falar na cerimónia de inauguração do laboratório – que assegurou emprego a 15 jovens locais –, Diamantino Azevedo disse tratar-se do cumprimento de um objectivo que a tutela se propôs a concretizar.
Citado no comunicado disponibilizado no site da Endiama, o ministro afirmou que para o desenvolvimento do sector "além do potencial geológico" é preciso "boa informação geológica e infra-estruturas técnico-científicas de suporte a esta actividade".
"Isto junto com capital humano devidamente preparado trás o verdadeiro sucesso para a indústria de mineração", acrescentou.
Além do recente inaugurado laboratório em Saurimo, o governante também realçou que, no actual mandato, no âmbito do Plano Nacional de Geologia (Planageo), o ministério conseguiu terminar o edifício e os laboratórios centrais do Instituto Geológico em Luanda bem como outras infra-estruturas no Lubango.
"Temos hoje infra-estruturas suficientes, de qualidade, para poderem dar o devido suporte técnico e científico às empresas mineiras, às instituições académicas e todas aquelas instituições que necessitam de informação para desenvolver o seu trabalho", indicou Diamantino Azevedo.
Deixou ainda um apelo às empresas do sector e outros interessados a utilizarem "estas infra-estruturas, porque isto permitirá melhor planeamento de toda a actividade económica" no país.
Por sua vez, Ganga Júnior, presidente do Conselho de Administração da Endiama, também citado na nota, salientou que a criação deste laboratório é fruto da necessidade que sempre existiu para resolver problemas na área da investigação de diamantes no país: "Esse laboratório resulta de uma necessidade grande que sempre sentimos em Angola no que se refere em haver um esquema que permitisse resolver os nossos problemas todos nesse domínio da investigação para os diamantes".
Já Daniel Félix Neto, governador da Lunda Sul, considerou o momento como "mais um passo importante" no desenvolvimento da região, tendo destacado a atenção dada pelo ministério à província.
De referir que, a par do laboratório de diamantes, foi igualmente inaugurado o laboratório regional do Instituto Geológico de Angola.
