Para o Fernando Vunge, economista, citado pela Angop, a "robustez ou pujança" que esses bancos contêm dentro do sistema financeiro nacional fundamenta, numa fase inicial, a sua capacidade para serem eleitos.
O responsável acrescentou que apesar de ser opcional para a banca a atribuição do crédito habitacional bonificado, o aviso do Banco Nacional de Angola impõe aos bancos tradicionais a estarem na primeira linha desse procedimento, por terem uma capacidade financeira superior.
"Entre os 26 bancos comerciais existentes em Angola, nem todos terão a capacidade para conceder crédito habitacional, por isso é que se elegeu somente oito instituições financeiras para se iniciar com o processo", indicou, Fernando Vunge, que falava esta Terça-feira no "Debate Zimbo".
Já Mário Nascimento, presidente da Associação Angolana dos Bancos (ABANC), disse não concordar com a decisão e os requisitos indicados, e que crê numa aderência considerável à iniciativa do BNA por parte dos bancos, por favorecer o sector e a economia real nacional.
Também citado pela Angop, o presidente da ABANC recordou que grande parte dos bancos tradicionais, de uma maneira global, já têm o crédito à habitação, apesar de esta ser a primeira vez que aparece um modelo especial com benefícios nas taxas de juros e com um prazo de pagamento maior.
Entre os principais obstáculos que travam uma maior atribuição de crédito habitacional no país está a taxa de juros bem como o facto de os clientes terem pouca capacidade de apresentação de uma hipoteca, indicou.
Recorde-se que recentemente foi anunciada a disponibilização de 858 mil milhões de kwanzas para crédito à habitação, possibilitando os bancos a concederem crédito até 100 milhões de kwanzas.