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País tem apenas 6200 créditos à habitação num universo de 30 milhões de habitantes

Angola tem apenas 6200 créditos à habitação num universo de 30 milhões de habitantes, disse esta Quinta-feira o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), adiantando que estará em vigor nos próximos cinco anos uma solução para facilitar este financiamento.

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José de Lima Massano falava após a reunião do Comité de Política Monetária, apresentando mais detalhes sobre os créditos habitacionais apresentados na Quarta-feira, que permitirão aos angolanos aceder a créditos até 100 milhões de kwanzas, num prazo de 25 anos.

"Temos cerca de 6200 processos de crédito à habitação vigentes no sistema financeiro, numa população de 30 milhões, ou seja é praticamente inexistente", constatou.

Destes processos, metade corresponde a créditos concedidos a funcionários bancários e a outra metade a trabalhadores de empresas que celebraram acordos com a banca comercial.

"É uma preocupação", expressou o responsável do BNA, acrescentando que a expectativa é que "esta acção venha ajudar as famílias a resolver um problema, a economia a continuar a crescer mas também concorrer para a estabilidade de preços no país e aumentar o bem-estar social".

O governador do BNA informou na Quarta-feira durante a reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros que os bancos comerciais vão conceder créditos até 100 milhões de kwanzas, solicitação que pode começar dentro de 60 dias.

A proposta, que estabelece a nova modalidade de crédito, prevê uma taxa de devolução de 7 por cento num período de 25 anos, tendo sido mobilizados para o efeito 858 mil milhões de kwanzas.

"Entendemos que haveria espaço, depois de uma solução encontrada para o sector empresarial, também para o segmento de particulares e neste, uma das principias preocupações da sociedade é soluções de crédito à habitação", vincou.

O montante que for canalizado para crédito à habitação será deduzido das reservas obrigatórias.

José de Lima Massano afirmou que "não há distinções entre quem tem ou não acesso", sendo os bancos responsáveis por fazer a análise do perfil de cada cliente.

"O que fizemos foi estabelecer um tecto, até cem milhões de kwanzas" sendo aceites garantias complementares ao salário como activos ou garantias pessoas. A título individual, os cidadãos poderão candidatar-se a um crédito até 50 milhões de kwanzas.

Esta solução vai estar disponível nos próximos cinco anos, indicou o governador do BNA.

Os promotores imobiliários podem também recorrer ao crédito, sendo a taxa de juro para construção de imóveis de 10 por cento e o período de reembolso de 36 meses.

A nova versão do Aviso 10, que visa a concessão de crédito ao sector real da economia, tem também uma facilidade para tesouraria a fim de facilitar aquisição de matérias-primas e insumos a fornecedores locais.

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