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Angola quer levar dessalinização de água de Cabo Verde ao deserto de Moçâmedes

O ministro do Ambiente, Filipe Zau, reconheceu esta Quinta-feira a dessalinização de água do mar como uma boa prática em Cabo Verde que quer levar ao deserto de Moçâmedes para fixar populações no local.

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O ministro manifestou essa vontade, na cidade da Praia, no âmbito de uma visita ao arquipélago, tendo estado durante a manhã desta Quinta-feira na central de dessalinização de água do mar em água doce da empresa de produção de água Electra, na Praia.

"É uma das preocupações que nós também temos para o deserto de Moçâmedes [uma cidade e município, capital da província de Namibe]", começou por mostrou o governante, à saída de um encontro com o Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves.

O ministro disse que o país tem assistido às alterações climáticas de forma muito acentuada e o deserto está a crescer para outras províncias, constituindo um "perigo" para a sustentabilidade das populações, para a fauna e para a flora.

"Temos o Parque Nacional de Iona com animais, temos populações em constante mobilidade, muitas vezes à procura de água e isso nos leva a pensar na sedentarização dessas mesmas populações por mecanismos que podem ser adoptados, transformando muito das adversidades ambientais que nós temos naquela área", sugeriu.

Neste sentido, disse que Angola quer "beber" de todas as boas práticas, sendo uma delas a dessalinização de água em Cabo Verde, que já leva 54 anos.

"E essa é uma das boas práticas que permitiu o desenvolvimento de Cabo Verde (...), é algo que nós também queremos fazer", manifestou o ministro, reconhecendo que Angola tem maior quantidade de água noutras regiões, mas precisa levar o líquido os desertos para "ganhar o país".

Filipe Silvino de Pina Zau, que tutela também as pastas da Cultura e do Turismo, está em Cabo Verde para participar nas festas do município de São Filipe, na ilha do Fogo, em representação do Presidente da República, João Lourenço.

Depois da audiência, o ministro seguiu viagem para a ilha do Fogo, onde também vai estar presente o chefe de Estado cabo-verdiano, que é o presidente de honra das celebrações, que este ano assinalam o centenário.

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