A construção do oleoduto – que vai unir o Lobito, na província de Benguela, a Lusaka, na Zâmbia – foi oficializada na Quinta-feira à noite, com a assinatura de um memorando de entendimento.
Contudo, o oleoduto só começará a ser erguido quando forem concluídos os estudos de viabilidade. De acordo com a Angop, a análise vai ser realizada por técnicos de ambos os países e vai demorar cerca de dois anos a ser concluída.
Os estudos de viabilidade, que serão acompanhados pela Sonangol e por uma empresa a ser indicada pela Zâmbia, vão analisar questões ligadas ao ambiente, economia, aspectos técnicos, entre outros. Quando terminarem os dois anos de análise, as conclusões serão enviadas para os dois governos que deverão definir se é ou não viável avançar com a implementação do oleoduto.
Caso o projecto avance, a construção do oleoduto deverá gerar entre oito a 12 mil postos de trabalho em ambos os países. A informação foi avançada por Mathew Nkuwa, ministro da energia da Zâmbia, no final da assinatura do memorando.
"Uma vez implementado, o projecto de pipeline, que terá várias linhas, poderá criar até quatro mil empregos permanentes em Angola e na Zâmbia", indicou o responsável.
Por seu turno, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que também esteve presente na cerimónia de assinatura do acordo, considerou que Angola tem um papel importante na concretização deste projecto, apesar de reconhecer que a responsabilidade do oleoduto é de ambos os países.
Diamantino Azevedo disse que os protagonistas do projecto são Angola e Zâmbia, mas avançou que os dois países estão disponíveis para receber contribuições de outros membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), antevendo que o oleoduto será importante para a região.
