O governante explicou que a petrolífera estatal tinha "duas hipóteses": ou fazia o acompanhamento do capital segundo o valor deste aumento ou via as suas acções serem diluídas.
"Neste caso, o aumento de capital, que faria a Sonangol conservar as suas acções dá cerca de 600 milhões de dólares. Se não acompanhasse o aumento de capital veria as suas acções reduzidas para 12 por cento. Havia que tomar uma decisão", explicou Diamantino Azevedo, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
O governante esclareceu que, do ponto de vista estratégico, não havia grande interesse em manter a Sonangol naquela sociedade e, portanto, este tornou-se num "momento oportuno".
Caso a petrolífera decidisse ficar na sociedade, "teria que buscar 600 milhões de empréstimo", disse, acrescentando que esses factores obrigaram a empresa a "olhar para outras soluções".
"O que houve foi uma troca de activos. A Trafigura ficou com as acções da Sonangol na Puma Energy e a Sonangol ficou com esses activo em Angola", esclareceu.
Para o ministro, do ponto de vista estratégico, este foi "um bom negócio". Se esta decisão não tivesse sido tomada "teríamos a Sonangol ou a ter que ir ao mercado buscar 600 milhões para continuar a manter as suas acções na empresa ou veria as suas acções diluídas para 12 por cento", indicou.
"Esta é a explicação, portanto na realidade não houve envolvimento de dinheiro houve troca de activos", completou Diamantino Azevedo.
Recorde-se que na semana passada a Sonangol vendeu a sua participação na Puma Energy (31,78 por cento) à empresa Trafigura.