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Países Baixos co-financiam com 60 milhões de euros construção de centro logístico em Benguela

A construção de um Centro Logístico na província de Benguela vai ser co-financiada pelos Países Baixos. O país europeu vai disponibilizar uma linha de crédito de até 60 milhões de euros para erguer este centro, que visa garantir as exportações de frutas e legumes para a Europa, através do Porto do Lobito.

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Fonte da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA), citada pela Angop, revelou que o valor total do projecto ainda não foi definido. Contudo, fez saber que a participação financeira de Angola na construção do centro logístico será garantida pelo empresariado.

Este co-financiamento foi formalizado na Quinta-feira com a assinatura de um memorando de entendimento entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Reino dos Países Baixos e o Ministério dos Transportes.

De acordo com a Angop, este acordo estabelece não só o co-financiamento, mas também prevê a transferência de conhecimentos e de formação sobre tratamento, acondicionamento e embalagem de frutas e legumes para serem exportadas.

Na ocasião, Marc Léon Mazarac, ministro conselheiro da Embaixada do Reino dos Países Baixos em Angola, confirmou a existência de uma linha de até 60 milhões de euros para co-financiar o projecto, que será sustentada pela Agência de Investimentos Estrangeiros da Holanda.

O responsável, citado pela Angop, indicou que os dois países têm uma geografia idêntica por serem banhados pelo mar. Para o ministro conselheiro da Embaixada do Reino dos Países Baixos em Angola, a posição geográfica é vista como uma mais valia, uma vez a entrada de Angola no mercado europeu poderá ser feita através dos Países Baixos pelo Porto de Roterdão.

"O Lobito tem as mesmas condições, ou seja, é a porta para a entrada e saída de muitos produtos para e de Angola, como também dos países encravados como RDC e Zâmbia", disse.

Marc Léon Mazarac explicou que este acordo permitirá aos Países Baixos ajudar Angola a desenvolver a sua rede logística e, assim, conseguir rentabilizar e evoluir as suas exportações.

O responsável frisou ainda que no futuro se espera que o centro logístico consiga beneficiar um grande número de produtores.

"Já visitamos oito fazendas de grande escala que podem produzir para Holanda, mas também queremos pequenos produtores integrados", revelou.

Já Ricardo de Abreu, ministro dos Transportes, indicou que esta iniciativa tem na sua mira o desenvolvimento da rede de plataformas logísticas do país.

O governante destacou a aposta que está a ser feita no Corredor do Lobito, admitindo que este desempenha um papel crucial para facilitar o sector do comércio e melhorar o ambiente de negócios do país.

Ricardo de Abreu aproveitou a ocasião para pedir aos envolvidos no projecto para que se comprometam no sentido de a primeira pedra para a construção deste centro ser lançada ainda este ano.

A presença dos Países Baixos no mercado da União Europeia chamou a atenção de Angola. De acordo com o ministro, o país europeu ocupa lugares cimeiros no mercado da europa, o que o torna num parceiro ideal.

Explicou também que os primeiros passos da parceria se deram em 2018. "Passados mais de dois anos, foi concluído o estudo, tendo sido identificadas as oportunidades de desenvolvimento de cadeia de valor para a exportação de frutas a partir do Corredor do Lobito", disse.

O Centro Logístico do Corredor do Lobito servirá para armazenar, acondicionar, transformar e embalar os produtos.

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