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País já autorizou 205 voos humanitários. Não há previsão para retoma de aviação comercial

O ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, disse que Angola já autorizou 205 voos humanitários desde o fecho de fronteiras devido à pandemia da covid-19, adiantando que não há previsões para reabrir a aviação comercial.

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Numa conferência de imprensa sobre a prorrogação do estado de emergência em Angola por mais 15 dias, o ministro salientou que se manteve a cerca sanitária nacional, tal como acontece em muitos outros países e destinos, onde “as ligações internacionais estão vedadas”, não havendo previsões para retomar os voos comerciais.

“Não temos previsão, quer pelas razões do nosso estado de emergência, quer pelo lado internacional”, indicou, sublinhando que os países de destino “têm as mesmas limitações”.

Ricardo d’Abreu adiantou que têm sido autorizados voos humanitários que vêm buscar cidadãos estrangeiros para regressarem aos seus países de origem, bem como voos para transporte de mercadorias, através da TAAG, que realiza dois voos por semana para buscar carga em Portugal, e de outras companhias aéreas.

“Já autorizámos 205 voos dentro do espírito humanitário e emergencial nos quais saíram perto de 2000 cidadãos do nosso país, sempre nesta lógica do que está permitido neste âmbito”, frisou o governante, acrescentando que “não podemos encapsular a figura humanitária e emergencial em serviços de carácter comercial por parte de alguns operadores privados, que assim o tentam fazer”.

Ricardo d’Abreu reforçou que as autorizações terão sempre de ser concedidas através dos “canais diplomáticos e protocolares”.

Sobre o novo período de emergência, com medidas menos restritas, o ministro adiantou que serão permitidos “voos de carácter económico” fora de Luanda, onde se mantém a cerca sanitária, estando a ser preparado um decreto executivo para regular a actividade.

Questionado sobre as notícias que dão conta de possíveis despedimentos na TAAG, nomeadamente a dispensa de colaboradores reformados para mitigar a crise financeira da empresa, Ricardo d’Abreu afirmou ser “falso” que a companhia angolana esteja a despedir funcionários porque “o decreto presidencial assim o proíbe”, durante este período.

Acrescentou, no entanto, que segundo o plano de reestruturação da TAAG “havia e há um excedente de pessoas que terá de ser efectivamente tratado, mas não nesta altura, nem nestas circunstâncias”.

O plano de restruturação terá de ser implementado para assegurar “que temos uma companhia operacional e eficiente que possa, sustentadamente, continuar a sua operação”, completou.

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