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Testes à covid-19: Polícia avisa que os “que se escondem” em condomínios vão ser “recolhidos coercivamente”

O porta-voz da polícia nacional avisou esta Quarta-feira que os cidadãos que não se apresentaram voluntariamente para fazer os testes à covid-19, em particular os "que se escondem" em condomínios de Luanda, vão ser "recolhidos coercivamente" nas próximas 48 horas.

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"Os indivíduos que tiveram contactos com suspeitos contaminados ou casos activos, por favor ajudem a denunciá-los", apelou o sub-comissário Valdemar José, no balanço sobre a situação epidemiológica do novo coronavírus no país.

Nesta situação estão alguns residentes de condomínios de Luanda, "devidamente identificados", que se "escondem" com a conivência dos familiares, disse o porta-voz da polícia, pedindo que se apresentem às autoridades sanitárias, sublinhando que estão até a condicionar a livre circulação nesses locais.

"Nas próximas 48 horas, se esses cidadãos continuarem a manifestar resistência a fazer um teste voluntário, nós vamos recolhê-los coercivamente", avisou Valdemar José, sublinhando que se trata de "um grupo muito limitado" que coloca em risco a vida da colectividade.

O representante do Ministério do Interior (Minint) garantiu: "Isso não vai ser permitido”. Valdemar José adiantou que não resta outra solução do que ser "mais energético" quando se verificam incumprimentos, lamentando a desobediências às regras do estado de emergência, nomeadamente o distanciamento social e limitações à circulação, sublinhando que o país ainda está a tempo de "evitar as mortes".

O responsável do Minint apontou, como exemplo a não seguir, os muitos países europeus que ignoraram a doença e onde os cidadãos "não ficaram em casa".

As autoridades continuarama registar números elevados de desrespeito pelo estado de emergência, incluindo táxis colectivos com excesso de lotação ou preços especulativos, tentativas de ludibriar a polícia para atravessar a cerca sanitária da província de Luanda, vendedores ambulantes a praticar a actividade em dias proibidos ou cidadãos que usam falsas credenciais para alegar necessidade laboral para a deslocação.

Nas últimas 24 horas foram detidos 107 cidadãos por desobediência, dos quais 53 por violação de fronteira e 54 por desacato à autoridade e 143 indivíduos que circulavam de forma injustificada, afirmou Valdemar José, salientando que as "medidas coercivas só serão aplicadas se o cidadão não der alternativa".

Angola não registou casos positivos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, mantendo os 27 já diagnosticados, indicou o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

Foram processadas até agora 2598 amostras, 27 positivas, 2088 negativas e 483 em processamento e 719 pessoas encontram-se em quarentena institucional.

Esta Quarta-feira foram colhidas mais de 200 amostras de passageiros de voos de 17 de Março, que chegaram a Luanda provenientes de Lisboa, pouco antes de Angola fechar as fronteiras aéreas, sendo os resultados apresentados nos próximos dias, disse Franco Mufinda.

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