"Saudamos a iniciativa e apoiamos plenamente o apelo do secretário-geral das Nações Unidas para que se proceda a um cessar-fogo imediato", referiu a FLEC, em comunicado enviado à Lusa.
Dessa forma, a direcção política da FLEC anunciou que decretou "um cessar-fogo temporário e provisório, a fim de facilitar a luta contra o coronavírus".
Este cessar-fogo deverá prolongar-se por quatro semanas "a partir das 20h00 de Segunda-feira, 13 de Abril".
No comunicado, assinado pelo porta-voz da FLEC, Jean Claude Nzita, os secessionistas apelaram ainda ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para uma "intervenção na resolução pacífica do conflito em Cabinda".
Ao mesmo tempo, a FLEC pediu para que o Presidente, João Lourenço, "aceite dialogar para resolver pacificamente o problema de Cabinda" e exortou o Estado-Maior das Forças Armadas a "responder à iniciativa das Forças Armadas Cabindesas com um gesto semelhante".
A FLEC, através do seu "braço armado", as FAC, luta pela independência do território alegando que o enclave era um protectorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.
Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes facções, efémeras, com a FLEC/FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma "resistência armada" contra a administração de Luanda.