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Quem é Adjany Costa, a mais nova ministra na história de Angola?

É provável que o nome de Adjany Costa lhe seja familiar, seja por o ter lido em vários órgãos de comunicação social esta Terça-feira ou de no ano passado ter estado nas bocas do mundo à conta de um prémio da ONU. Mas, afinal, quem é Adjany Costa, a mais nova ministra da história do país?

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Adjany da Silva Freitas, nasceu em 1989 e é natural da província do Huambo. Até aqui era bióloga, coleccionadora de investigações, expedições, prémios e distinções várias. Agora é membro do Executivo de João Lourenço. A remodelação governamental 'forçada' pela contenção de custos tendo em conta a pandemia do covid-19 foi a porta que se abriu para a entrada de Adjany no Governo.

O desafio não é fácil. Conduzirá os destinos de um 'superministério' que junta Cultura, Turismo e Ambiente. Esta nomeação vale-lhe o título de ministra mais nova na história do país. Mas não é só no ramo da política que Adjany Costa faz história.

Conhecida pelo seu trabalho em causas ambientalistas, a angolana tem um mestrado em Biologia e é doutorada em Práticas Internacionais de Conservação da Vida Selvagem pela Universidade de Oxford, em Inglaterra.

Em 2017, integrou uma lista de 14 exploradores emergentes da National Geographic Society, que tem como objectivo, todos os anos, reconhecer a apoiar cientistas e outros profissionais que desenvolvem trabalho no sentido de mudar o mundo. Na altura, a bióloga ocupava o segundo lugar da lista que era liderada por cientistas dos Estados Unidos da América.

Adjany Costa foi distinguida pelo seu trabalho em proteger a vida e espaços selvagens na Bacia do Okavango, tendo participado numa expedição científica ao longo da Bacia, que durou quatro meses e contou um percurso de 2500 quilómetros, resultando num documentário chamado "Into the Okavango".

Dois anos depois, acaba por vencer o prémio Jovens Campeões da Terra, atribuído pelas Nações Unidas a ambientalistas entre os 18 e os 30 anos de idade. A angolana, na altura com 29 anos, recebeu a distinção pelo trabalho desenvolvido na conservação de água e biodiversidade do país.

Depois de ter sido galardoada com o prémio da ONU, o próprio João Lourenço decidiu atribuir-lhe a medalha da Ordem de Mérito Civil de 1.° Grau pela Presidência da República de Angola.

Agora, é a vez de a angolana fazer história no ramo político do país. A página começa a escrever-se esta Terça-feira. A responsabilidade é grande, as expectativas muitas. Adjany, que nunca recusou um desafio, tem um país inteiro com os olhos postos nesta sua mais recente 'viagem'.

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