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Estudantes angolanos em Cuba querem transformar teoria em prática e ajudar no combate à pandemia

Conscientes da situação vivida no país e no mundo, alguns estudantes angolanos do último ano do curso de Sistemas de Informação em Saúde (SIS) ministrado em Havana, Cuba, querem contribuir na luta contra a covid-19, apresentando propostas para desenvolver a medicina em Angola e a resposta do nosso país à pandemia.

: Platina Line
Platina Line  

Antecipando o seu regresso ao território angolano, os estudantes mostraram-se disponíveis para apoiar o país através dos conhecimentos adquiridos na formação obtida em Cuba, onde estudaram durante cinco anos.

“Como estudantes de Sistemas de Informação de Saúde, somos formados para co-adjuvar na busca de soluções para os diferentes problemas que afectam o Sistema Nacional de Saúde. Diante desta pandemia que assola o mundo de forma geral, e Angola em particular, estamos prontos para auxiliar desde o registo de dados ate à publicação e divulgação dos resultados, podendo assim, calcular diferentes indicadores que espelham a situação no país, bem como confeccionar uma série de tabelas, gráficos e suas interpretações para que se possa descrever o comportamento do vírus ao longo do tempo”, explicou Paulo Massqui, um dos estudantes em causa, ao Platina Line. 

O estudante garantiu ainda a disponibilidade do grupo para assessorar a realização de uma Análise da Situação de Saúde (ASIS), um instrumento de vigilância de saúde que permite reconhecer as relações entre as condições de vida e o acesso aos serviços de saúde de um território.

Também Marillson Rodrigues, outro dos estudantes, mostrou o seu empenho em apoiar Angola com a sua formação. "Sou um profissional com competências técnicas, docentes e científicas, capaz de dirigir e administrar processos de captação, tratamento, análise, difusão e intercâmbio de toda informação em saúde, para a tomada de decisões que visam melhorar o sistema de saúde. Por isso, quero poder contribuir para a melhoria da saúde na minha terra natal”, afirmou.

Já Tatiana Pascoal destacou, também em declarações ao Platina Line, que a docência e a investigação fazem parte do processo de formação em sistemas de informação de saúde, não se centralizando apenas em trabalho de estatística e gestão de informação. “O nosso curso é fantástico devido ao perfil que possui, e podemos contribuir em Angola de muitas maneiras, mas destaco aqui duas delas, a docência, primeiramente, pela carência de educação sanitária na nossa sociedade, e a investigação em saúde. Devemos ser amantes da informação, tentar entender o que se passa, fazendo trabalhos investigativos que visam dar respostas aos possíveis problemas de saúde em Angola”, explicou.

Outro dos estudantes, Daniel Sabino, destacou a importância da harmonização entre saúde e tecnologia: “Somos estudantes da Faculdade de Tecnologia em Saúde, isso desperta uma atenção na bela união da informação em saúde e a tecnologia, o que é muito importante, pois acredito que com os recursos que temos em Angola, é possível a criação de grandes bases de dados ligadas à saúde, aplicativos informáticos para a difusão da informação e promoção da saúde, educação sanitária, etc.”.

Os estudantes continuam em Cuba, de forma a terminarem a sua formação, mas estão ‘de olhos postos em Angola’, aguardando o tão desejado regresso ao país e a oportunidade de mudarem o trajecto da medicina no território, enquanto ajudam a combater uma pandemia com consequências à escala mundial.

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