Segundo a directora nacional do Comércio Externo de Angola, Augusta Fortes, por força da desburocratização e simplificação do processo de licenciamento de importações determinado pelo decreto de estado de emergência, o SICOEX registava dois pedidos por minuto.
"Como compreendem 120 pedidos submetidos por hora, se multiplicarmos pelas horas, estamos a falar de 2.880 pedidos por dia e por semana estamos a falar de 20.000 pedidos", afirmou esta Quarta-feira, em Luanda, durante uma conferência de imprensa.
Augusta Fortes assinalou igualmente que a pressão sobre o Sistema Integrado de Comércio Externo, afecto ao Ministério da Indústria e Comércio, foi o "único motivo dos atrasos de licenciamento que se têm reclamado nos últimos dias".
Porque, justificou, "o nosso sistema SICOEX não estava parametrizado para tanta solicitação".
A não-obrigatoriedade de uma licença prévia também concorreu para a situação.
"Com a desburocratização e a simplificação com base no decreto sobre o estado de emergência, simplificamos os processos, porque antes tínhamos a obrigatoriedade de avaliar processo a processo", argumentou.
Angola cumpre esta Quarta-feira o quinto dia da segunda fase do estado de emergência, que se estende até 25 de Abril, com vista a conter a propagação da covid-19, que no país conta com 19 casos positivos, sendo 12 activos, dois óbitos e cinco recuperados.