Ottoniel Manuel, que apresentava o diagnóstico do subsector dos transportes ferroviários (1973/1990 e 2002/2017), disse que 79 locomotivas já estão no país e distribuídas pelos Caminhos de Ferro de Luanda, Moçâmedes e Benguela.
Segundo o responsável, citado pela agência noticiosa Angop, as locomotivas têm duplo sistema de funcionamento, diesel e eléctrico, adquiridas com o financiamento da Agência Pública de Apoio à Exportação do Canadá.
Numa análise ao sector, Ottoniel Manuel referiu que o período entre 1973 e 1990 foi marcado com o transporte de milhões de toneladas de carga, nomeadamente minerais e matérias-primas que eram exportados, tendo o Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) chegado a transportar seis milhões de toneladas de mercadorias, o Caminho de Ferro de Benguela (CFB) três milhões e o Caminho de Ferro de Luanda (CFL) 10 milhões.
O responsável recordou que, naquele período, o CFB estava provido de 123 locomotivas, o CFM de 81 e o CFL de 64.
Relativamente ao período de 2002 até à data, o director-geral do INCFA afirmou que marcou a recuperação e reabilitação das linhas férreas e estações, nomeadamente a substituição de travessas, e o aumento da capacidade de 20 para 22 toneladas por eixo, além da formação de quadros, com a construção de três centros de formação nas províncias do Huambo, Luanda e Huíla.
No que diz respeito aos acidentes e incidentes que ocorrem ao longo da via, Ottoniel Manuel atribuiu as causas à "ausência ou insuficiência de equipamentos de comunicação".
Os Caminhos de Ferro têm uma extensão de 2708 quilómetros, subdivididos pelo CFB (1344 quilómetros), CFM (904 quilómetros) e CFL (460 quilómetros).
O memorando de entendimento assinado entre o Governo e a norte-americana GE, na área dos transportes ferroviários e aviação, prevê o fornecimento de 100 locomotivas GE C30-ACI e a modernização e actualização das locomotivas GE-U20C, que se encontravam em circulação na malha ferroviária nacional até 2018.