"Na África subsaariana, prevemos uma recuperação modesta em 2017; o crescimento deverá aumentar para 2,6 por cento em 2017 e 3,5 por cento em 2018, principalmente alimentado por factores específicos das maiores economias, que enfrentaram condições macroeconómicas desafiantes em 2016", lê-se no documento que apresenta o estado da economia mundial, World Economic Outlook, divulgado em Washington.
O texto antecipa que a Guiné Equatorial se mantenha em recessão nos próximos seis anos, enfrentando uma nova contracção da economia de cinco por cento este ano e de 5,1 por cento em 2018, para chegar a 2022 com um crescimento negativo de 1,5 por cento.
O documento divulgado Terça-feira em Washington não apresenta justificações específicas para este país, mas salienta, de uma forma geral, que "muitos países exportadores de matérias-primas ainda precisam de se ajustar completamente às receitas fiscais estruturalmente mais baixas porque os preços continuam baixos, apesar de uma ligeira subida recente".
Para dificultar ainda mais o cenário dos países que não se prepararam para os preços baixos quando o barril do petróleo valia o dobro, o FMI considera que "muitos dos países com maior consumo de recursos vão ver que será cada vez mais difícil sustentar o crescimento económico num aumento da despesa pública, como fizeram no passado, estando confrontados com a dívida pública a crescer e o ciclo de crédito a abrandar".