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Pólos de desenvolvimento mineiro vão reforçar aposta na produção nacional

O Governo angolano pretende criar polos de desenvolvimento mineiro pelo país, no âmbito da aposta na diversificação da economia nacional e quando está em curso o levantamento das potencialidades de Angola neste sector.

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A informação foi avançada pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, durante o conselho consultivo deste órgão governamental, que decorre esta semana em Luanda, tendo como objectivo projectar as actividades do sector para 2015. "Por superior orientação do titular do poder Executivo, vai ser estudada a criação de polos de desenvolvimento mineiro nas zonas onde o Planageo [levantamento nacional em curso] revelar maior ocorrência de minerais", anunciou o ministro angolano, durante estas reuniões do sector.

Sobre as capacidades mineiras do país, o governante sublinha que Angola é um potencial produtor de 38 dos 50 minerais mais procurados no mundo. Uma peça chave na aposta mineira angolana, que visa retomar uma actividade afectada pelas décadas de guerra civil e contribuir para a diversificação da economia nacional, centrada no petróleo, é a execução do Plano Nacional de Geologia (Planageo). Trata-se do mapeamento dos potenciais recursos mineiros, envolvendo levantamentos aéreos, recolha e análise de amostras, num processo avaliado em 405 milhões de dólares e iniciado há precisamente um ano. De acordo com o ministro, cerca de 45 por cento do território angolano já foi alvo do levantamento aéreo e até final do ano avança a fase de análise geológica.

Este plano, que está a ser levado a cabo por consórcios de empresas de vários países, incluindo de Portugal, vai permitir "conhecer quais os recursos naturais" angolanos, caracterizando as potencialidades minerais, ao nível do subsolo, para depois captar investidores estrangeiros, a médio e longo prazo. "Queremos ter instrumentos para programar a nossa actividade mineira nos próximos 100 anos. Governar é um pouco isto, é olhar para o futuro e pensar nas próximas gerações", disse Francisco Queiroz, numa entrevista anterior à agência Lusa, em Luanda.

Além da extracção, Angola quer também captar o interesse de investidores estrangeiros para a instalação de unidades de tratamento dos minerais.

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