A informação consta de um comunicado daquela multinacional australiana, que refere tratar-se de um diamante que, além da dimensão, é também da categoria "mais rara" do mundo, denominada de "IIa". De acordo com dados do Ministério das Finanças, cada quilate de diamante angolano foi vendido em 2014, em termos médios, a 146,84 dólares (136 euros).
Após seis anos de prospecção na zona, a exploração no Lulo arrancou este ano, no âmbito de um contrato para a concessão da produção naquela área válido por 35 anos.
Na fase anterior, ainda de prospecção, e noutra zona do Lulo, a Lucapa tinha já anunciado a descoberta de outros dois diamantes de grandes de dimensões, de 131,40 e de 95,45 quilates, daí as grandes expectativas em torno desta exploração. "É o maior diamante descoberto desde que a Lucapa e os seus parceiros iniciaram a produção comercial no Lulo, em janeiro de 2015, e demonstra o potencial para importantes descobertas deste tipo de grandes diamantes", afirma a empresa.
Esta nova mina diamantífera no aluvião do Lulo produziu 1317 diamantes entre Janeiro e Março, segundo anúncio anterior da Lucapa. Em três meses de operação, foram processados 12.912 metros cúbicos de rocha, tendo permitido recuperar 1335 quilates.
A empresa, que tem como parceiros angolanos neste projecto a estatal Endiama e o grupo privado Rosas & Pétalas, garante que com estes resultados será atingido em Junho o objectivo de gerar ‘cash-flow' positivo na actividade mineira, a partir do Lulo. Anteriormente, na fase de prospecção que se prolongou durante seis anos, a empresa extraiu da área do Lulo 876,5 quilates, trabalhos que renderam, por si só, seis milhões de dólares.
A concessão do Lulo dista 150 quilómetros da mina de diamantes de Catoca, a maior de Angola e quarta maior do género em todo o mundo, estando ambas localizadas na mesma área geológica. Envolve uma área específica de 218 quilómetros quadrados, incluindo mais de 50 quilómetros ao logo do rio Cacuilo. Os diamantes constituem o segundo principal produto de exportação por Angola, a seguir ao petróleo.