Tendo em conta a recente baixa no preço do crude, e as consequências económicas sentidas no país, a ideia do Executivo prende-se com a criação de um organismo vocacionado para a promoção das exportações no sector não petrolífero. A informação é avançada pelo Expansão, que cita um documento elaborado pelo Ministério do Comércio.
Existe assim a possibilidade de criação da Agência Nacional de Promoção das Exportações de Angola, uma entidade multissectorial responsável pela operacionalização de uma estratégia nacional para o sector. De acordo com o documento, a agência seria tutelada pelo Ministério do Comercio, com superintendência do Ministério da Economia. Representantes dos vários ministérios abrangidos pelos produtos exportados integrariam também a gestão da entidade.
A prioridade será dada às fileiras de âmbito industrial (embalagens de vidro, cervejas, refrigerantes), agro-alimentar (produtos hortofrutícolas), mineral (diamantes, rochas ornamentais) e florestal (madeiras, artesanato e mel), que devem ser alvo de um estudo de competitividade, "em conjunto com os diversos sectores". O objectivo é "contribuir para o aumento e diversificação das exportações, através da criação e implementação de políticas e instrumentos que potenciem o desenvolvimento de vantagens competitivas à produção nacional que permitam a sua afirmação sustentada nos mercados-alvo", refere a mesma publicação.
Após a concretização do projecto, as metas são ambiciosas, sendo que o documento prevê um crescimento das exportações de bens e serviços de 72 mil milhões de dólares em 2014 para 103 mil milhões de dólares em 2023, um aumento de cerca de 44 por cento.