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Angola leva Mbanza Congo de novo à UNESCO até Janeiro de 2016

Angola deverá voltar a submeter a candidatura da cidade histórica de Mbanza Congo a património mundial da UNESCO em Janeiro de 2016, depois de recolhidos novos elementos, disse hoje o embaixador angolano junto daquele organismo, Sita José.

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) enviou em Março uma carta à ministra da Cultura de Angola, Rosa Cruz e Silva, considerando incompleto o processo de candidatura entregue em finais de Janeiro passado. "Não se trata, de maneira nenhuma, da rejeição do atributo de Mbanza Congo ser património mundial. Eu posso afirmar que Mbanza Congo vai acabar por ser inscrito na lista do património, só que temos de completar esses dados", esclareceu o embaixador angolano na UNESCO, Sita José.

Em causa, na avaliação deste organismo internacional, está a falta de detalhes no mapa cartográfico que integrou a candidatura anterior e que devem ser corrigidos na próxima versão.

Em Luanda, citado pela rádio pública angolana, Sita José garantiu que a recolha destes elementos deverá estar concluída até ao mês de Julho, seguindo-se um período, entre Setembro e Janeiro de 2016, para a formalização da nova candidatura junto da UNESCO.

Com as novas recomendações, para a correcção de aspectos técnicos do mapa cartográfico, fica atrasada a apreciação final pelo Comité de Avaliação da candidatura, aprazada para Junho de 2016, devendo acontecer apenas no ano seguinte.

Quando estiverem completas as exigências da UNESCO, uma equipa de peritos daquela organização deslocar-se-á a Angola para comprovar no terreno os dados do documento.

O centro histórico de Mbanza Congo, na província do Zaire, no Norte de Angola, está classificado como património cultural nacional precisamente desde 10 de Junho de 2013, um pressuposto indispensável para a sua inscrição na lista de património mundial. Envolve um conjunto cujos limites abrangem uma colina e que se estende por seis corredores. Inclui ruínas e espaços entretanto alvo de escavações e estudos arqueológicos, que integraram especialistas nacionais e estrangeiros.

Os trabalhos arqueológicos realizados no local envolveram a medição da fundação de pedras descobertas no local denominado de "Tadi dia Bukukua", supostamente o antigo palácio real.

Passaram igualmente pelo levantamento da missão católica, da casa do secretário do rei, do túmulo da Dona Mpolo (mãe do rei Dom Afonso I, enterrada com vida por desobediência às leis da corte) e do cemitério dos reis do antigo Reino do Congo.

Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências.

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