Em causa está um edifício de estrutura em ferro, construído ainda no tempo colonial português, cujo desenho é atribuído à casa Gustave Eiffel, reabilitado recentemente depois de vários anos de abandono. De acordo com um decreto executivo de 2 de Abril, assinado pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, foi agora estabelecida "excepcionalmente" uma Zona Especial de Protecção num raio de 10 metros a contar dos limites exteriores do monumento "Palácio de Ferro". "Havendo necessidade de conservar e preservar o imóvel", reconhece o mesmo documento, assim como a "conveniência do desenvolvimento do projecto visando a sua requalificação e reconversão em Museu do Diamante".
A empresa de diamantes de Angola (Endiama) anunciou, há precisamente um ano, a construção deste museu, na baixa de Luanda, estimando um investimento de 70 milhões de dólares. De acordo com informação divulgada na altura, a construção e montagem deste museu é um projecto para executar em três anos e inclui a edificação de um prédio envolvente, com sete andares, para rentabilizar o espaço, que terá como base o "Palácio de Ferro".
Aquando do anúncio da construção do Museu do Diamante, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Carlos Sumbula, apontou o objectivo de montar um espaço que ajude a contar a história da formação dos diamantes dentro dos quimberlitos.
Angola está entre os cinco maiores produtores de diamantes do mundo em valor e entre os dez maiores produtores em quantidade, sendo este o segundo produto de exportação do país, a seguir ao petróleo.