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Eni já produz 60 mil barris por dia em novos campos no “offshore” angolano

A petrolífera italiana Eni anunciou hoje o início da produção de petróleo em novos campos do bloco 15/06, no ‘offshore' angolano, 350 quilómetros a Nordeste de Luanda, registando já um volume de 60 mil barris de crude por dia.

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De acordo com um comunicado da petrolífera, enviado hoje à Lusa, a produção no denominado campo "Cinguvu" arrancou há duas semanas, antes do previsto, juntando-se ao campo "Sangos", a operar desde Novembro no mesmo bloco, em águas profundas angolanas, com profundidades entre os mil e os 1.500 metros.

Este projecto de desenvolvimento da produção de petróleo pela Eni, nesta zona, envolve ainda os campos Mpungi, Mpungi Norte e Vandumbu, poços organizados num sistema de ‘cluster’ e ligados à FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, em inglês) N'Goma.

Esta unidade, semelhante a um grande petroleiro, tem mais de 340 metros de comprimento por 50 de largura, capacidade para armazenar 1,5 milhões de barris de petróleo e para processar 100 mil barris por dia.

Os dois campos em produção neste bloco garantem já 60 mil barris de petróleo por dia. Contudo, a Eni estima que com a entrada em funcionamento do campo Mpungi a produção desta área se eleve a 100 mil barris diários, até ao final do ano.

Citado na mesma informação, o presidente executivo da Eni, Claudio Descalzi, sublinhou que estes dois poços entraram em operação "dentro do prazo e do orçamento" definido, confirmando o "excelente desempenho" da petrolífera italiana em termos de "eficiência, tecnologia e inovação".

A Eni garante ainda que são esperadas novas descobertas no bloco 15/06, onde a petrolífera descobriu reservas de três biliões de barris que em apenas 44 meses - após o anúncio da descoberta comercial - já estavam a fase de extracção.

Aquele bloco é operado pela Eni, que tem uma quota de 35 por cento no grupo empreiteiro, no qual a estatal angolana Sonangol (35 por cento) é a concessionária e que conta ainda com a participação da SSI Fifteen Limited (25 por cento) e da Falcon Oil Holding Angola (cinco por cento).

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,8 milhões de barris por dia, mas devido à quebra na cotação internacional de crude, o peso das receitas petrolíferas deverá descer este ano para 36,5 por cento, face aos 70 pontos percentuais de 2014, na perspectiva do Governo.

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