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Sindicato solidário com actuação do piloto de voo afectado por turbulência severa

O sindicato dos pilotos angolanos manifestou-se esta Sexta-feira solidário com a decisão de continuar viagem do comandante do voo TAAG Luanda-Lisboa, afectado, esta Quinta-feira, por turbulência severa, admitindo que os passageiros feridos podiam não ter os cintos colocados.

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O presidente do Sindicato dos Pilotos de Angola, Miguel Prata, que também estava a bordo do avião, como passageiro, referiu que durante cerca de duas horas após a descolagem, a aeronave passou por uma zona de turbulência severa, quando se estava a finalizar o serviço à bordo, havendo uma variação de altitude.

"E que, infelizmente, embora os [indicadores para os] cintos estivessem ligados, provavelmente alguns passageiros e alguns tripulantes podiam não estar com os cintos amarrados, por isso a nossa recomendação, muitas vezes, de manter sempre que estiverem sentados os cintos apertados, porque isto são fenómenos de natureza que nem sempre se pode prever", disse.

O comandante e a tripulação, após avaliarem as condições dos feridos que tinha a bordo e de navegabilidade da aeronave, optaram por "continuar viagem", que Miguel Prata acredita ter sido a decisão mais correcta.

"E, efectivamente, pudemos analisar que houve um certo aparato à chegada a Lisboa, de algumas ambulâncias, que foi por precaução para garantir toda a assistência possível e necessária a quem se tivesse magoado", salientou.

O presidente do sindicato realçou que "a maior parte desceu pelo seu próprio pé, alguns auxiliados".

"Mas não houve nada grave, porque de outra forma eu acredito piamente que o comandante tivesse regressado ou até eventualmente aterrado no aeroporto mais próximo", observou.

"Vamos fazer fé que foi a decisão mais acertada, eu confio, a TAAG [companhia aérea angolana], com certeza, fez a avaliação da empresa e não acredito que o comandante tivesse tomado a decisão que não fosse a mais correcta", acrescentou.

Foram reportadas dez situações de pessoas com lesões ligeiras, nas quais se incluem oito passageiros e dois membros da tripulação, aos quais foram logo prestados os primeiros socorros a bordo pelo pessoal navegante de cabine e accionados os serviços de emergência em terra, que estavam em prontidão à chegada da aeronave ao aeroporto Humberto Delgado em Lisboa.

A TAAG realça, numa nota sobre o ocorrido, que após observação e avaliação feita pela equipa médica apenas dois passageiros e um membro da tripulação foram encaminhados ao hospital para verificações adicionais, sendo que os restantes passageiros conseguiram desembarcar sem assistência.

A companhia aérea destacou que a aeronave será inspeccionada pelas autoridades competentes, estando igualmente a decorrer uma investigação sobre a ocorrência.

"Importa clarificar que a turbulência severa regista neste voo ocorreu em céu aberto, um tipo de turbulência não detectável pelos instrumentos e numa localização geográfica sensivelmente perto do destino final (Portugal) e o comandante tomou a decisão indicada em protocolo de seguir viagem, dentro do plano de voo inicial", refere o comunicado.

A empresa deu nota que outras situações do género já ocorreram no passado, "sendo que a TAAG continuará a garantir a segurança operacional dos voos", realçando "a capacidade e brio da tripulação ao prestar assistência imediata aos passageiros numa situação bastante desafiadora, bem como as decisões tomadas pelo comandante ao controlar a aeronave, apesar as condições meteorológicas adversas e aterrar em segurança no destino final estipulado, com as pessoas sãs e salvas".

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