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UNITA encoraja militantes a participarem em protesto contra más condições de vida

A direcção da UNITA encorajou os seus militantes, enquanto cidadãos, a participarem num protesto organizado por activistas que apela aos angolanos para ficarem em casa no dia 31 deste mês.

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Num comunicado de imprensa, o secretariado-executivo do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) manifestou-se solidário com a causa dos activistas, que visa protestar contra as dificuldades sociais que os angolanos enfrentam nos últimos anos.

O maior partido da oposição disse que "tomou conhecimento, por via das redes sociais, de informações segundo as quais um grupo de activistas está a mobilizar a juventude e sociedade em geral para um protesto pacífico denominado - "No dia 31 de Março, fica em casa", como forma de chamar a atenção do Governo para a degradante situação socio-económica em que o país mergulhou e pressioná-lo a melhorar as suas políticas públicas".

Segundo a UNITA, níveis elevados de desemprego, pobreza, alto custo de vida, corrupção institucionalizada e constantes violações dos direitos humanos agravam a insatisfação e o desespero da juventude com a actual governação.

"O secretariado-executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA constata, com enorme preocupação, que o Governo tem-se desviado da missão principal do Estado, que é garantir os direitos humanos fundamentais e realizar a prosperidade e a dignidade dos cidadãos", refere-se no documento.

"Por isso, considera legítimas e constitucionalmente atendíveis as motivações dessa manifestação. Assim, os militantes da UNITA, enquanto cidadãos, são livres de aderir à referida manifestação", acrescenta-se.

Na nota, a UNITA "condena, veementemente, a campanha de intoxicação da opinião pública nacional e internacional, levada a cabo por órgãos do Estado, que visa desvirtuar iniciativas de livre exercício de cidadania, plasmadas na Constituição da República de Angola".

"A UNITA continuará a pugnar por uma Angola melhor para todos, na pátria do seu nascimento e reafirma o seu compromisso na defesa da democracia, da paz e da reconciliação nacional", sublinha o partido, destacando ainda que são "por uma Angola independente, democrática e desenvolvida e apela aos órgãos competentes do Estado para o respeito e salvaguarda dos direitos e liberdades dos cidadãos".

Ao Governo, o partido apelou "para prestar maior atenção às causas da insatisfação e da contestação, generalizadas".

Um movimento iniciado por activistas está a apelar aos angolanos, através das redes sociais, para ficarem em casa no dia 31 de Março, como forma de protesto contra o desemprego e as más condições de vida.

O apelo foi lançado pelo activista Gangsta e tem estado a mobilizar várias personalidades que garantem, através das suas páginas nas redes sociais, que vão aderir ao protesto.

Entre estes estão músicos como Paulo Flores, a empresária, ex-deputada do MPLA e filha do ex-presidente Tchizé dos Santos, activistas como Laurinda Gouveia e Dito Dali, que fez parte dos "15+2", condenados por actos preparatórios de rebelião, ou militantes da UNITA como Ginga Savimbi, filha do fundador do maior partido da oposição, Jonas Savimbi, ou o deputado Adriano Sapinala, do mesmo partido.

"Junta-te ao movimento, dia 31 fica em casa", diz o conhecido artista Paulo Flores, pedindo: "Ninguém sai de casa, ninguém sai do kubico".

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