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Pilar económico da CPLP deve “melhorar” fluxo de negócios entre Estados-membros

A presidência angolana da CPLP considerou esta Segunda-feira que a introdução do pilar económico nos estatutos da organização, cuja direcção nos primeiros três anos estará a cargo de um quadro angolano, deve “melhorar” o fluxo de negócios entre os Estados-membros.

: Fernando Pineza
Fernando Pineza  

Para Téte António, presidente em exercício do conselho de ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o pilar económico é um elemento bastante importante para a presidência rotativa de Angola.

Para o efeito, "é preciso olhar primeiro para o quadro normativo da organização, é o que fizemos até lá, portanto é preciso rever os estatutos da própria organização e são decisões que tomámos aqui", explicou.

O diplomata falava esta Segunda-feira, em conferência de imprensa, no final da 16.ª Reunião do Conselho de Ministros da CPLP, que juntou esta Segunda-feira, na capital angolana, os ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros.

A reunião aprovou algumas resoluções, entre elas sobre a criação da direcção de assuntos económicos e empresariais no secretariado executivo da CPLP. "E a resolução que tomamos também é adequar o próprio secretariado que, para estarmos em posição de implementar as decisões que tomamos relativamente ao pilar económico, isto é, com a criação de uma direcção dentro do secretariado executivo", notou.

Um quadro angolano vai presidir a referida direcção nos seus primeiros três anos, sendo que os sectores das finanças e planeamento, argumentou, "têm estado a trabalhar para implementação das outras vertentes que foram propostas no quadro deste pilar".

"Portanto, este é o resultado desta reunião e vamos continuar a trabalhar para que, na prática empresarial, o mais importante seja o fluxo de negócios entre os nossos países, penso que o objectivo é termos esse impacto nas nossas economias e no dia a dia", rematou Téte António.

A importância da implementação da vertente económica nos estatutos da CPLP também foi destacada pelo secretário executivo da organização, Zacarias da Costa, considerando que o mesmo deve "alavancar" o crescimento económico que os Estados-membros perseguem.

"Há um levantamento que os peritos dos Estados-membros estão a fazer em relação aos instrumentos financeiros que poderão no futuro consagrar apoios concretos para as nossas empresas", apontou.

Téte António falou ainda sobre a pretensão do Gabão aderir à comunidade referindo que tem havido, nos últimos tempos, "um grande interesse em termos de países que têm apresentado as suas candidaturas para observador associado da nossa CPLP".

"E o que estamos a fazer, perante este crescente interesse que nós saudamos, é fazer que sejamos organizados, daí a revisão do estatuto de membro observador associado, mas com certeza o Gabão é um país que é bem-vindo como tantos outros países que também apresentaram candidatura para esta mesma qualidade", assinalou.

O também ministro das Relações Exteriores orientou os trabalhos desta reunião, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Ministros da CPLP, que decorreram sob o lema "O Papel dos Mares e Oceanos na Projecção Internacional da CPLP".

A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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