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Bolsa recolhe experiências inovadoras de Moçambique e Cabo Verde

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) tem trocado experiências com congéneres africanas, entre as quais Cabo Verde e Moçambique, admitindo que podem vir a replicar algumas das iniciativas consideradas mais inovadoras, referiu o presidente-executivo da instituição.

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"Quer uma, quer outra, têm uma dimensão inferior à angolana, mas já começaram há mais tempo e têm mercados um bocadinho mais diversificados. Estamos a trabalhar nesse processo de partilha de conhecimento, está a ser bem interessante", afirmou Walter Pacheco, em entrevista à agência Lusa, elogiando a "capacidade de criatividade" e o "bom ecossistema de inovação".

"A bolsa de Cabo Verde é relativamente pequena, mas com capacidade criativa e de desenvolvimento de novos produtos", considerou Pacheco, apontando as 'blue bonds' (títulos 'azuis', emissões de dívida para financiar projectos ligados ao mar), recentemente emitidas e cujos recursos vão ser usados para financiar pequenos pescadores.

O responsável da Bodiva acrescentou que "não tem um grande volume, mas tem um grande impacto económico", realçando que este tipo de iniciativas pode ser replicado em Angola.

"É óbvio que o nosso mercado permite ter dimensões maiores, mas temos estado a observar essa criatividade", disse, sublinhando que a Bodiva deve lançar ainda este ano 'blue bonds' e 'green bonds' (títulos 'verdes', para financiar projectos sustentáveis).

Quanto à Bolsa de Valores de Moçambique tem outras especificidades: "É uma bolsa tão tradicional como a nossa, os produtos são tão tradicionais como os nossos, mas conseguiram desenvolver algumas soluções interessantes".

O presidente-executivo da Bodiva deu como exemplo uma das maiores cotadas na bolsa moçambicana – a Hidroeléctrica de Cahora Bassa – uma das maiores barragens de África.

"Também é uma outra forma de nos financiarmos ou refinanciarmos as nossas próprias infra-estruturas", salientou o responsável.

Walter Pacheco apontou também os contributos da Bodiva para as suas congéneres: "Obviamente, também estão a recolher algum conhecimento nosso a outros níveis, não só a nível do relacionamento institucional com alguns investidores internacionais, mas também a nível da arquitectura regulatória", já que Angola dispõe de regulação específica para fundos de investimento.

No Fórum Bodiva, que esta Quarta-feira se realiza em Luanda, subordinado ao tema "O Mercado em Crescimento", estarão presentes os presidentes do conselho de administração da Bolsa de Valores de Cabo Verde e de Moçambique, e o presidente-executivo para África do IIBank, que vão debater "o Crescimento do Mercado Accionista na Região da SADC", e "o Mercado de Bolsa e o Financiamento Sustentável".

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