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PR paga “dívida” em São Vicente em dia descontraído em Cabo Verde

O Presidente João Lourenço recebeu esta Terça-feira as chaves do município da ilha de São Vicente, que visitou pela primeira vez, assumindo, no dia mais descontraído da visita de Estado a Cabo Verde, que foi “pagar a dívida”.

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"Mas como é que é que eu podia vir a São Vicente se não tinha as chaves da cidade, como é que eu entrava na cidade? Portanto, fica o compromisso de, a partir de agora, uma vez com as chaves do Mindelo no bolso, poder vir a São Vicente muitas mais vezes, até sem aviso prévio. Quando derem conta já estou em Mindelo", brincou o chefe de Estado, após receber simbolicamente as chaves do município do presidente da Câmara de São Vicente, Augusto Neves.

"O rol dos amigos cabo-verdianos que tenho, alguns deles são daqui de São Vicente e nunca perdoaram o facto de eu me ter esquecido sempre de São Vicente nas minhas deslocações a Cabo Verde. Portanto, esta oportunidade que o Presidente José Maria Neves me concedeu serve para este fim, para o fim de vir pagar a dívida e fazer as pazes com os são-vicentinos", disse ainda João Lourenço.

Ao terceiro dia em Cabo Verde, o chefe de Estado partiu de manhã da Praia para a ilha de São Vicente, considerada a capital cultural do arquipélago, de onde regressará a Angola na Quarta-feira, ao encerrar a visita de Estado, marcada sempre por apertadas regras protocolares e medidas de segurança.

"Agradecer ao Presidente José Maria Neves a oportunidade que me deu de vir pela primeira vez na minha vida a São Vicente. É uma oportunidade que me dá de vir pagar uma dívida. Uma dívida porque ao longo dos anos, enquanto político e amigo de Cabo Verde, efectuei muitas visitas de trabalho a Cabo Verde, indo para outras ilhas, para outras cidades, mas nunca para São Vicente", reconheceu ainda, acompanhado do homólogo cabo-verdiano, na mesma sessão, na Câmara de São Vicente, ilha que disse ter as "janelas mais abertas ao mundo".

Na cerimónia realizada esta manhã, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, considerou a visita como o encontro de dois "países irmãos" com história em comum, da qual deverão tentar tirar o melhor partido.

"Esta visita de Estado é a expressão das excelentes relações de irmãos, de solidariedade entre os dois países, que apesar das alterações que se verificaram em todo mundo, permanece profundamente saudável a história que nos une e que tem servido para o relançamento de uma cooperação multiforme e mutuamente vantajosa. As relações entre Cabo Verde e Angola transcendem o que nos reúne aqui hoje e envolvem todo conjunto de aspectos socioculturais e económicos", afirmou o autarca.

O presidente da Câmara da segunda principal ilha do país, no norte do arquipélago, defendeu ser importante estreitar os laços através da cooperação e desafiou João Lourenço a impulsionar investimentos em São Vicente.

"Contamos com Angola e com o vosso povo na mobilização e investidores angolanos para continuarem a fluir com maior ímpeto para o nosso São Vicente. Urge que saibamos tomar partido desta abertura para avançarmos para o relacionamento que explore de forma mais profícuo as vantagens cooperativas de ambos", afirmou Augusto Neves.

Esta tarde, o Presidente participa ainda numa cerimónia solene no Palácio do Povo, na cidade do Mindelo, e num jantar restrito previsto para a 'réplica' da Torre de Belém, na mesma ilha.

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