O barril usado como referência pela OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) prolongou assim a forte tendência de baixa resultante da expansão da covid-19 e agravada pela ameaça de grandes produtores como a Arábia Saudita e a Rússia de inundar o mercado de petróleo barato.
A descida acumulada desde o pico alcançado a 6 de Janeiro (70,87 dólares) já ultrapassa 65 por cento.
Também se afundaram outros tipos de petróleos de referência, como o Brent e o petróleo intermédio do Texas (WTI), se bem que as cotações destes tenham invertido a tendência com as medidas de estímulo económico anunciadas na Segunda-feira pela Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed).
Contudo, analistas citados pela Efe referem que os "petropreços" vão continuar a ser pressionados para descer devido à contracção da procura mundial de energia e a grande incerteza sobre a evolução futura da pandemia da covid-19 e o impacto desta na economia mundial.
A isto junta-se, do lado da oferta, a "guerra de preços" e por quotas de mercado lançada pela Arábia Saudita.
A situação é um duro golpe para os membros da OPEP — Venezuela, Guiné Equatorial, Arábia Saudita, Irão, Iraque, Argélia, Angola, Congo, Gabão, Kuwait, Líbia, Emiratos Árabes Unidos e Nigéria — porque são altamente dependentes das receitas geradas pelas vendas do ‘ouro negro’.
Da mesma maneira estão a ser atingidos outros produtores independentes, como a Rússia, México, Brasil, Equador ou Colômbia.