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Petróleo com maior queda dos últimos 30 anos. Angola avalia consequências “no terreno”

O barril de petróleo abriu esta Segunda-feira, em Londres, a 31,49 dólares. O valor representa uma perda na ordem dos 28 por cento em relação à última sessão (45 dólares) e a maior derrapagem dos últimos 30 anos.

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A queda no preço do barril de crude é directamente influenciada por vários aspectos, sendo o mais notório a ‘guerra’ entre duas grandes produtoras: Rússia e Arábia Saudita. Os russos recusaram novo corte na produção de petróleo proposto pela OPEP, o que fez os sauditas reduzirem os seus preços de venda e divulgarem planos para um aumento na sua produção. Assim, a Arábia Saudita venderá o petróleo seis a oito dólares mais barato por barril, ‘castigando’ a atitude russa.

Outro dos contornos invariavelmente preocupantes e originário desta queda no preço da matéria-prima é o Covid-19, epidemia que tem vindo a afectar vários países e economias à escala mundial.

Com o alastramento do vírus, a China — maior importador de petróleo do mundo — registou uma quebra de compras na ordem dos 20 por cento, cerca de três milhões de barris por dia.

Recorde-se que o petróleo Brent serve de referência às exportações angolanas. Neste momento, o valor fixado está 24 dólares abaixo da referência proposta pelo Executivo no Orçamento Geral do Estado 2020. 

Tendo em conta este ‘crash’ no preço do petróleo, a Unidade da Dívida e a Agência Nacional de Petróleo e Gás estarão a monitorar as projecções das vendas angolanas, avança a Angop. A informação será recolhida junto das empresas, no terreno, e transmitida depois ao Executivo.

“Ao meu nível ainda não há respostas, mas a nível técnico estão ser trabalhados todos pressupostos, versos, impactos, para que consigamos, a breve trecho, termos uma visão clara e aconselhar o executivo angolano relativamente a como se posicionar em relação ao Orçamento Geral do Estado”, afirmou Vera Daves, ministra das Finanças.

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