Segundo o director geral do Inadec, Diógenes de Oliveira, entre os detidos pela polícia estão dois farmacêuticos, no passado fim-de-semana, e na Segunda-feira três comerciantes, incluindo um gerente de uma superfície comercial.
"Para nós, neste momento, não temos maior interesse na aplicação de coimas, o que queremos é sim responsabilizá-los criminalmente e não de forma administrativa", disse, em declarações à Lusa, garantindo agir "sem contemplações" para os especuladores.
Angola regista três casos confirmados de infecção pela Covid-19 e pelo país cresce a procura de material de protecção, nomeadamente máscaras, luvas, detergentes, álcool em gel, entre outros.
O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor registou na semana passada inúmeras denúncias de especulação de preços desses produtos.
Esta Quinta-feira, o director do Inadec deu conta que "apesar de tímida", as especulações e o açambarcamento de produtos alimentares continuam, sobretudo em Luanda, e com isso decorrem acções de sensibilização também extensivas ao interior do país para "inibir a prática".
"Continuamos a lutar para inibir que isto seja uma prática reiterada por parte dos próprios comerciantes, aproveitando esta fase para então assim enriquecerem de maneira fraudulenta prejudicando o interesse do consumidor", disse.
Em relação ao açambarcamento de produtos por parte de comerciantes, Diógenes de Oliveira notou que decorre com o propósito de se criar monopólios, sobretudo quando há escassez, garantindo "mão pesada" para com os infractores.
"E vamos agir com toda a força possível mediante o que vem expresso na Lei do Consumidor e outras disposições", sustentou.