O anúncio foi esta Sexta-feira feito pelo ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, durante uma visita que efectuou ao projecto agrícola da Quiminha, nos arredores da província de Luanda, onde observou as infra-estruturas da maior unidade de quarentena animal do país.
O primeiro carregamento, de 1500 cabeças de gado bovino, num total previsto para este mês de 4500 animais, chega na Quarta-feira ao país.
Em declarações à agência Lusa, o director do Instituto do Serviço de Veterinária do Ministério da Agricultura e Florestas, Ditutala Simão, disse que a visita ao local serviu para apresentação daquela infra-estrutura aos quadros dirigentes do ministério.
Segundo o responsável, Angola e o Chade acordaram, tendo em conta o potencial pecuário chadiano (com uma contribuição de 53 por cento para o Produto Interno Bruto), que a dívida seja paga com gado bovino, para preencher zonas do país com despovoação animal, mais concretamente a Camabatela.
O director do Instituto do Serviço de Veterinária referiu que o acordo entre os dois países prevê a entrega anual de 13.500 cabeças de gado bovino, numa periodicidade trimestral.
Relativamente à unidade de quarentena, trata-se de um ponto de observação médico-veterinária de todo o gado que circula no país, incluindo os de importação, para fins de inspecção zoossanitária, de despistagem de doenças, particularmente as de declaração obrigatória, nomeadamente febre aftosa e peste bovina.
Ditutala Simão referiu que a infra-estrutura, com capacidade para receber até cinco mil animais, vem juntar-se a outras menores existentes em Waco-Kungo, província do Cuanza Sul, em Camabatela, província do Cuanza Norte, e na região de Malanje.
Com uma dimensão de 140 hectares de terra e outros 25 hectares para a produção de alimentos para o gado, a unidade de quarentena está localizada no projecto agrícola da Quiminha.
O responsável frisou que a prioridade é o repovoamento do planalto de Camabatela, que inclui as províncias do Cuanza Norte, Uíje e Malanje, mas outras áreas do país serão igualmente beneficiadas.
"Nós estamos a fazer esta observação para que os criadores não se alarmem com isso, porque não será possível colocar apenas nessa região 75.000 animais, vamos colocar também noutras zonas. O país sofreu com a seca, há famílias que perderam os seus animais, o que quer dizer que o processo vai continuar", salientou.