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Angola e Ruanda vão estabelecer ligações aéreas até ao final do primeiro semestre

Angola e Ruanda vão ter ligações aéreas directas ainda no primeiro semestre deste ano, anunciaram, em Luanda, os presidentes dos dois países, que lançaram também as bases para a cooperação agrícola, turismo, segurança e tecnologias da informação.

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Numa conferência de imprensa conjunta, no Palácio Presidencial, os chefes de Estado angolano, João Lourenço, e ruandês, Paul Kagamé, reafirmaram a vontade de reforçar a cooperação nas quatro áreas, mas salientaram que "nada está fechado" e que as duas partes vão analisar quais os domínios em que ambos podem beneficiar com o investimento mútuo.

Kagamé, que está em Luanda desde Quarta-feira, dia em que se reuniu em privado com João Lourenço, não teve qualquer programa oficial, tendo sido acompanhado por uma delegação ministerial, que incluiu os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, que mantiveram encontros paralelos com os homólogos locais, sem que nada fosse adiantado à imprensa. 

Na intervenção inicial na conferência de imprensa, o chefe de Estado angolano indicou que Luanda e Kigali estão desde 2018 a reforçar as relações políticas e diplomáticas, sobretudo depois de Angola instalar uma embaixada na capital ruandesa (foi nomeado o diplomata Eduardo Leiró Octávio), vários anos depois de o Ruanda abrir uma missão diplomática em Luanda.

João Lourenço salientou que os dois países manifestaram o desejo de aprofundar a cooperação na agricultura, turismo, tecnologias de comunicação e informação e, sobretudo, na área da segurança, tendo em conta as comunidades regionais em que estão inseridos - Grandes Lagos e África Austral.

A última questão foi, aliás, abordada com maior profundidade por Lourenço e Kagamé, na sequência do acordo de cooperação em matéria de segurança e ordem pública assinado pelos dois países em Fevereiro último, na sequência da visita de dois dias a Angola do ministro da Justiça ruandês, Johnston Busiyngye, igualmente Procurador-Geral da República do Ruanda.

Os dois países são membros da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, plataforma multilateral que tem servido para a promoção da paz e segurança na sub-região.

Tanto Lourenço como Kagamé salientaram a importância de os dois países juntarem esforços na resolução dos problemas comuns na região dos Grandes Lagos. 

Na área das TIC, em que o Ruanda tem sido um dos maiores países africanos na utilização das novas tecnologias, de que Kagamé é um confesso adepto, Lourenço indicou que esse domínio irá ser uma das apostas de Angola, uma vez que "os bons exemplos devem ser aprendidos e seguidos". Paul Kagamé regressou esta Quinta-feira ao início da tarde a Kigali.

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