"Para este ano, as projecções têm sempre em conta o preço base, e isto é uma variável exógena que não depende de nós. Queremos ainda assim melhorar o valor do ano passado", disse Diamantino Pedro Azevedo, que falava aos jornalistas à margem do fórum de auscultação sobre a revitalização da política de comercialização de diamantes brutos no país, realizado em Luanda.
O governante disse ainda que o sector que dirige pretende melhorar a política de comercialização de diamantes, com vista a atrair mais investimentos.
"Já existe uma política de comercialização. O que nós queremos é melhorar essa política no sentido de, primeiro, maximizar as receitas para o Estado, e segundo também acautelar os interesses dos produtores e das empresas de comercialização".
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos adiantou o objectivo de "criar incentivos" à instalação de empresas de lapidação de diamantes no país. "Para isso, precisamos de melhorar toda a cadeia produtiva de exploração, transformação e comercialização de diamantes", apontou.
Segundo Diamantino Pedro Azevedo, é propósito também do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos melhorar a posição do país no contexto internacional, sobretudo na produção e comercialização de diamantes, com vista à maximização de receitas para o Estado.
"E isso pressupõe melhorarmos todos os aspectos que concorrem para o bom funcionamento dessa indústria, e assim como estamos a fazer na parte de prospecção, de exploração e do tratamento deste recurso mineral, também pretendemos fazê-lo na parte de comercialização dos diamantes", acrescentou.
O fórum sobre o comércio de diamantes brutos juntou em Luanda vários intervenientes directos e indirectos do sector da exploração e prospecção de diamantes, entre empresas públicas, operadores privados nacionais e estrangeiros e ainda membros do grupo de trabalho criado pelo Presidente para garantir maior transparência do negócio.
A Lusa noticiou a 11 de Março que a quantidade de diamantes vendidos subiu quase quatro por cento entre 2016 e 2017, para 9,438 milhões de quilates, mas a quebra na cotação média por quilate permitiu apenas um ligeiro aumento no volume de vendas.