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Fundo Soberano de Angola quer investir em minas, madeira, saúde e agricultura

O presidente do Fundo Soberano de Angola afirmou que a entidade está à procura de novos investimentos na área das minas, madeira, saúde e agricultura, para diversificar a sua base de activos e aumentar o retorno.

jaimagens:

Em entrevista à televisão da agência de notícias financeira Bloomberg, na Cidade do Cabo, José Filomeno dos Santos explicou que "uma grande parte do portefólio está investido em mercados internacionais" e admitiu estar "a estudar várias oportunidades", mas acrescentou que "não as queria divulgar até estarem completamente fechadas".

O Fundo, gerido pela suíça Quantum Global Investment Management, foi criado para investir o excedente das contas públicas de Angola e para promover investimentos no segundo maior produtor de petróleo em África, a seguir à Nigéria. O Fundo já investiu 1,1 mil milhões de dólares em projectos rodoviários, como estradas, portos e outras infraestruturas, e 500 milhões em hotéis, planeando investir mais 250 milhões de dólares em projectos agrícolas, segundo a contabilização da Bloomberg.

"Nós somos investidores de longo prazo e não estamos à procura de vitórias rápidas", disse o responsável pelo Fundo, acrescentando que "todos os nossos fundos têm um horizonte de dez anos". A longevidade do retorno é explicada pela abordagem aos projectos, com Filomeno dos Santos a dar prioridade à intervenção do Fundo logo no início dos projectos: "O que já percebemos é que na nossa região do mundo, em África, e particularmente em Angola, a maneira mais segura de investir é logo no início dos projectos, porque é aí que os potenciais erros são cometidos no que diz respeito à viabilidade e ao cuidado que é preciso ter na implementação", diz o responsável.

Durante a entrevista, Filomeno dos Santos foi confrontado com as críticas de vários analistas relativamente à escolha feita pelo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, do seu filho para presidir a um Fundo com cinco mil milhões de dólares, mas o filho mais velho do chefe de Estado rejeitou qualquer problema na nomeação. "Eu já estive na indústria financeira, no ramo segurador, inicialmente, e depois na banca" e "como muitas das actividades feitas [pelo Fundo] enquanto gestores de activos do Estado são no campo financeiro, é, na verdade, uma progressão natural".

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